ClassiDiário
Na troca do óleo da moto, o melhor é não inventar
A substituição periódica do fluído é fundamental para garantir o correto funcionamento da suspensão.
Com o passar do tempo, o óleo vai ficando mais fino e aumenta a pressão nos retentores, o que causa vazamentos. Outra fonte de problemas são as pedras e pequenas sujeiras que, com a moto em movimento, batem na canela e danificam os retentores.
Na hora de realizar a troca, o melhor é seguir a recomendação do fabricante. Como a maioria das motos não oferece regulagem da suspensão dianteira - presente em alguns modelos de alto padrão -, muitos motociclistas alteram o tipo de óleo.
Recomenda-se seguir o fabricante
Para deixar a moto mais macia ou mais rígida, os pilotos utilizam fluidos com diferentes níveis de viscosidade. Essa prática, segundo Cristiano, pode prejudicar a suspensão.
- O recomendado é seguir a orientação do fabricante, pois um fluido diferente pode dafinicar as peças internas, além de alterar todo o padrão de estabilidade projetado para o veículo - explica o gerente de serviços da Estação H.
Teste básico
Obs.: Na dúvida, procure um profissional.
Fique atento aos primeiros sinais
- 1 - O primeiro passo é observar a parte do cilindro próxima à canela. Não pode haver resquício de óleo. Para confirmar que está tudo bem com a suspensão, passe o dedo indicador no cilindro. Tem que estar seco, sem qualquer oleosidade. Um anel de sujeira, que gruda nos resíduos de óleo, também pode indicar escape do fluido.
- 2 - Force a moto para baixo, fazendo o sistema funcionar. Se a parte dianteira balançar muito, está com algum tipo de problema - as peças podem estar gastas. Com a suspensão em perfeitas condições, a moto fica firme.
NA TRASEIRA, NÃO ABUSE DO PESO
A suspensão traseira de boa parte das motocicletas permite regulagem da pressão da mola. O procedimento, contudo, deve ser realizado apenas por profissionais.
Em geral, o sistema de amortecimento traseiro só irá apresentar problemas se o condutor ultrapassar o peso de carga recomendado pelo fabricante do veículo.
- Normalmente, a suspensão traseira não exige manutenção. A não ser limpeza, que é necessária para qualquer parte da moto - comenta Cristiano.
A suspensão a gás, em especial a que tem reservatório separado do corpo, permite um bom ajuste de pré-carga da mola. Esse sistema também não exige manutenção. Mas, se houver uma quebra, é preciso trocar quase o conjunto todo.
Saiba mais
Qual a função da suspensão?
- O objetivo é manter o pneu em contato com o solo o máximo possível, para que o veículo tenha melhor dirigibilidade. A suspensão dianteira ainda precisa absorver os impactos das irregularidades do piso, para que não cheguem aos braços do piloto. Além disso, a da frente deve ser flexível (não fechar). Durante frenagens, o peso se transfere para a frente, e o travamento brusco do sistema pode projetar o piloto sobre guidão.
Dianteira
- O sistema mais utilizado é o telescópico. Um garfo com duas bengalas fixadas em duas mesas, que ligam o conjunto ao chassi por meio do canote central. As bengalas são formadas pelo cilindro hidráulico com mola interna, acoplado a um cartucho de liga leve de alumínio, chamado canela. Em geral, o cilindros são fixados nas mesas e a canela, na roda.
- No sistema de suspensão invertida (upside down), essas posições são trocadas. A canela passa para a parte de cima e os cilindros são fixados à roda por um cabeçote de liga leve. Esse modelo, geralmente, apresenta mais durabilidade e é mais caro que o tradicional.
Traseira
- Os sistemas de suspensão para motocicletas surgiram primeiro na roda dianteira. A traseira era rígida, como a das bicicletas de modelo mais simples. As chamadas "rabo-duro" eram extremamente desconfortáveis.
- Depois de molas encaixadas em pistões no eixo traseiro, a invenção da balança com pivôs na parte inferior do quadro da moto trouxe o padrão que é utilizado até hoje.
- O sistema bichoque usa dois amortecedores fixados nas laterais da moto, um em cada braço da balança. Está presente na Titan 150cc, por exemplo.
- O sistema monochoque é mais recente, utilizado principalmente em modelos de alto padrão ou em motos trail, para terreno misto. Consiste em apenas um amortecedor com eixo central no quadro do veículo.
- O monochoque também pode utilizar uma peça chamada link, que une o garfo traseiro à suspensão. Esse modelo que torna o curso de amortecimento mais progressivo - mais macio no início e mais rígido ao final - o que proporciona uma pilotagem mais confortável. É um sistema complexo e, naturalmente, mais caro.
- A suspensão a gás mantém o óleo sobre pressão por meio do próprio gás, que pode ficar dentro do cilindro, na parte de cima, ou em um reservatório separado, que permite melhor arrefecimento. O gás e o óleo são separados por um pistão. Esse sistema torna o movimento da mola de amortecimento mais preciso.
Tecnologia
- A última palavra em sistema de suspensão é a regulagem eletrônica do amortecimento. A BMW já usa esse modelo em algumas de suas motos de alto padrão.