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Kombi

A última edição de um mito

Veículo irá se aposentar em 2014, em função da lei brasileira que obriga os carros nacionais a saírem de fábrica equipados com airbag

20/08/2013 - 09h02min

Atualizada em: 20/08/2013 - 09h02min


O veículo mais antigo em produção ganhou sua última edição. A sessentona Kombi irá se aposentar em 2014, em função da lei brasileira que obriga os carros nacionais a saírem de fábrica equipados com airbag - seu design atual é incompatível para receber o equipamento de segurança.

A Volkswagen do Brasil lançou a série especial Last Edition (última edição, em inglês) do mito, fabricado no país há 56 anos (desde 1957). Na Alemanha, a primeira Kombi foi lançada em 1950.

A edição é luxuosa, e restrita a apenas 600 unidades. Será branca e azul (pintura conhecida como saia e blusa). Os bancos têm forração especial de vinil com faixas centrais de duas cores e cortinas nas janelas laterais. O modelo, com capacidade para nove ocupantes, tem pneus com faixa branca dão um toque a mais de requinte e nostalgia.

A versão traz motor 1.4 (78cv a gasolina e 80cv com etanol) e chega com preço sugerido de R$ 85 mil. A mais básica continua em produção até dezembro e parte de
R$ 46,7 mil. Ambas tem câmbio manual com quatro velocidades.

A história

- A Kombi foi uma engenhosa combinação do confiável conjunto mecânico do Volkswagen Sedan (depois chamado de Fusca) em um veículo de carga leve. Lançada na Alemanha em 1950, o modelo se destacou pela versatilidade, tanto para transporte urbano de carga quanto para levar passageiros. Seu motor era 1.2 e apenas 25cv de potência.

- Com o Fusca, a Kombi marcou o início das atividades da Volkswagen no Brasil, há 60 anos. Sua montagem começou em 1953, em São Paulo. A partir de 2 de setembro de 1957, o modelo passou a ser produzido em São Bernardo do Campo (SP). Foi ainda o primeiro feito pela empresa fora da Alemanha.

- O nome Kombi é uma abreviação, adotada no Brasil, para o termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que em português significa "veículo combinado". Na Alemanha, o o nome era Bus T1 (Transporter número 1).

- Com estrutura leve, do tipo monobloco, e carroceria em forma de "caixa", a Kombi oferecia amplo espaço interno abrigado e capacidade para transportar uma tonelada de carga. Resistente, econômico e de mecânica simples, foi amplamente aceita no mercado nacional. Além das versões com janelas traseiras de vidro ou furgão, a Kombi também foi fabricada como picape, com cabine simples ou cabine dupla.

- Menos de quatro anos após seu lançamento, surgiu o modelo de
seis portas.

- A Kombi brasileira, nos anos 1970, foi exportada para mais de cem países. Os principais mercados: Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.

- Em 1975, a Kombi passou por uma reestilização, incluindo a picape, e teve a cilindrada do motor ampliada para 1.6. A potência era de 58 cv. Em 1981 surgiu a opção com motor 1.6 diesel (60cv). No ano seguinte, chegou a versão a álcool (1.6 e 56cv).

- Outra inovação da Kombi: foi o primeiro utilitário nacional equipado com catalisadores, em 1992.

- No fim de 2005, a Kombi ganhou motor flex, recebendo o motor 1.4 flex. Com arrefecimento a líquido, o modelo se tornou até 34% mais potente e 30% mais econômico do que o antecessor, refrigerado a ar.


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