Depois da chuva...
Baixa a água, aparecem as crateras
Para minimizar os problemas, a Smov começou, ontem, um mutirão para tapar os buracos
O asfalto das ruas da Capital não suportou a chuvarada dos últimos dias. De Norte a Sul, a buraqueira tomou conta das vias da cidade.
O secretário Mauro Zacher calcula que serão necessários pelo menos 20 dias de trabalho, inclusive à noite. A previsão é aplicar diariamente de 80 a 100 toneladas de asfalto. Ao todo, 23 equipes estarão circulando pela cidade.
- Já estávamos nos preparando para este período de chuvas entre agosto e setembro. Mas, mesmo que o tempo ainda não esteja firme, começaremos a recuperação das vias - adiantou Mauro.
Pneus sofrem com as falhas
Enquanto a Smov seguia pelas ruas de Porto Alegre, o borracheiro Aires Martins, do Bairro Santana, contabilizava os pneus rasgados que chegam diariamente no estabelecimento.
- São pelo menos dez pneus todos os dias. Mas é quando a chuva parar que deverá aumentar a procura pela vulcanização (técnica que consiste em aplicar calor e pressão sobre a borracha a ser colocada na parte rasgada) - disse Aires.
Um buraco aqui, outro ali adiante...
Em um rápido giro por algumas vias de Porto Alegre, a reportagem constatou que não é preciso andar muito para se deparar com crateras nas ruas.
Na Rua Voluntários da Pátria, entre a Gaspar Martins e a Câncio Gomes, o asfalto é recortado por pequenos buracos. Um deles, próximo ao meio-fio lateral, com a chuva, se tornou uma panela cheia d'água.
Mais adiante na via, logo abaixo do viaduto de acesso à Ponte do Guaíba, uma outra cratera bem no meio da rua exige atenção redobrada dos motoristas.
A Avenida Ernesto Neugebauer, no Bairro Humaitá, perto do número 400, é outro ponto problemático: uma série de pequenos buracos distribuídos pela pista tranforma o trecho da rua em uma colcha de retalhos.