Notícias



Preços salgados

Imóveis mais caros em Porto Alegre

Valor médio do metro quadrado acumulou alta de 13,3% nos últimos 12 meses até julho

09/08/2013 - 12h01min

Atualizada em: 09/08/2013 - 12h01min


O preço médio do metro quadrado para compra de imóveis residenciais em Porto Alegre acumulou alta de 13,3% nos últimos 12 meses até julho. Em relação a junho, a alta no mês passado foi de apenas 1%, mas desde janeiro, chega a 6,9%, segundo o índice Fipezap.

Na prática, um imóvel que, em julho de 2012, custava R$ 125 mil, subiu para R$ 141,6 mil um ano depois - além do limite de R$ 140 mil para aquisição com juros menores pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

No país, a elevação foi de 1,1% em julho sobre junho, chegando a R$ 6,9 mil o metro quadrado. Desde janeiro, o reajuste foi de 7,3%, enquanto nos 12 meses encerrados em julho houve aumento de 12%.

Mercado livre da baixa econômica

Os preços das habitações subiram mais que o dobro da inflação acumulada desde o início do ano, de 3,2%, considerando dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As maiores elevações no primeiro semestre de 2013 foram em Curitiba (18,5%) e  Vitória (10,1%).

Mais empregos, mais compradores

De acordo com o coordenador do índice Fipezap, o economista Eduardo Zylberstajn, o crescimento persistente nos valores ocorre porque o mercado imobiliário não foi contaminado pelo cenário adverso da economia, marcado por inflação alta, taxa de juro em ascensão e baixo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB):

- O mercado imobiliário se descola do restante da economia, o que explica a resistência dos preços.

O executivo observa que a demanda por imóveis se sustenta principalmente pelos baixos níveis de desemprego e pela manutenção da disponibilidade de crédito para financiamento.

- A oferta de emprego continua aumentando para aquelas pessoas com menos de
40 anos e com Ensino Médio completo. Justamente os mais propensos a comprar um imóvel - explica.

Taxa de juros baixa impulsiona o setor

O economista acrescenta que o ciclo de alta da taxa básica tem efeito limitado sobre o juro do crédito imobiliário, que utiliza recursos oriundos das cadernetas de poupança, com taxa reduzida. Além disso, a demanda por imóveis é alimentada naturalmente por questões demográficas e sociais, como casamentos, divórcios e jovens que decidem morar sozinhos.

Reajuste se mantém estável

O Fipezap mostra também que houve uma interrupção no movimento de queda no ritmo de crescimento dos preços. Até julho de 2012, a alta média nacional acumulada em
12 meses foi de 17,1%.

Em janeiro de 2013, desacelerou para 13,5%, e em abril, para 11,9%. Depois disso, a subida dos preços se manteve estável, sem esfriar como nos meses anteriores. Foram 11,9% em maio e junho, e 11,8% em julho.

Os números consideram apenas sete cidades, pois a base de pesquisa com
16 municípios é recente.

- Não vemos mais aquela desaceleração mostrada desde o ano passado. O ritmo de crescimento vem se mantendo - afirma Eduardo.

O Índice Fipezap é realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(Fipe) a partir dos anúncios de imóveis de 16 cidades no site Zap.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias