Vítimas da chuvarada
Prefeitura monta plano de ação para auxiliar desalojados no Bairro Americana, em Alvorada
Serviços fazem cadastramento para mantimentos, unidade móvel de saúde e outras necessidades
"Quando para a chuva, aí é que aumenta a água." O relato da auxiliar de produção Iara Terezinha dos Santos da Silva, 45 anos, define bem a realidade enfrentada pelos moradores do Bairro Americana, em Alvorada. O dia de sol, que poderia trazer alívio, nem de perto é o fim da tormenta.
Mesmo que a chuva, responsável pelo aumento no nível do Arroio Feijó, já tenha parado, a água continua a descer de outros rios e córregos rumo ao Guaíba. Por isso, o volume tende a aumentar, dando início ao sofrimento da comunidade.
- Metade da minha casa está alagada, desde terça-feira. E tá subindo cada vez mais. Eu tinha comprado material de construção, areia, cimento, foi tudo fora - lamenta Iara, atravessando a Rua Itararé com água pelos joelhos, na companhia dos filhos Rafael, sete anos, e Tamires, 24 anos.
Plano de ação foi montado
Um atendimento de emergência foi montado pela prefeitura na Rua Itararé, com serviços de cadastramento para distribuição de mantimentos e agasalhos, unidade móvel de saúde, utilização de máquinas para retirada de móveis e apoio dos bombeiros.
Na tarde de ontem, em parceria com a Corsan e com o acompanhamento do Dep, teve início o bombeamento de água para o canal nas proximidades da Fiergs, em Porto Alegre, para minimizar os danos do alagamento no Bairro Americana.
O número de desalojados (acolhidos em casas de parentes e amigos), chegou a 635 pessoas. Há necessidade de doações de cobertores, colchões e roupas para crianças de até dez anos, além de itens de higiene e limpeza. Podem ser entregues no Ginásio Municipal Tancredo Neves (Avenida Presidente Getúlio Vargas, 3290).