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Reforço na aula de direção

Simuladores de direção veiculares devem estar em operação até o final do ano

15/08/2013 - 11h51min

Atualizada em: 15/08/2013 - 11h51min


 
Foto: Arte, Diário Gaúcho

 

Um recurso virtual com tecnologia catarinense é a aposta do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) no combate a uma ameaça real à vida dos brasileiros: os acidentes de trânsito. Simuladores de direção veiculares devem estar em operação nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) de todo o país até o dia 31 de dezembro, como estipula a resolução 444 do Contran. Para futuros motoristas, a medida pode trazer mudanças na formação e no bolso.


Como nas aulas práticas, o aluno será orientado a dirigir com calma. A diferença é que a desobediência ao instrutor não vai causar um arranhão sequer. O objetivo é, de forma segura, complementar a aprendizagem. No aparelho, são requeridas as mesmas reações que seriam exigidas nas ruas, como atenção à criança atravessando a rua.


Sem definição no valor das aulas


O recurso ainda não está nos CFCs gaúchos. Segundo o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado (SindiCFC-RS), Edson Cunha, as autoescolas aguardam a regulamentação da exigência pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Em seguida, será feita uma pesquisa de preço do equipamento junto aos seis fornecedores cadastrados no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).


Por meio de sua assessoria de imprensa, o Detran-RS afirma que ainda é prematuro falar em aumento da CNH.


O SindiCFC, contudo, não descarta o repasse de custo aos alunos.


- Uma consultoria está trabalhando na planilha de custos básicos para apresentar aos técnicos do Detran, para que seja definido o valor da hora/aula - explica.


O Denatran calcula que os custos das adaptações valerão a pena, pois o aparelho deve contribuir na redução de acidentes.


- O simulador vai auxiliar na formação teórico-técnica dos condutores - diz Edson.


Protótipo criado na UFSC


O protótipo que deu origem ao simulador foi desenvolvido em 2009, em uma parceria entre Denatran e Fundação Certi, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).


- Verificamos critérios fundamentais para a melhora da percepção de risco por parte do futuro condutor - afirma o professor da UFSC Rodrigo de Souza Vieira.


Fique por dentro


Informaçoes das empresas Realdrive, Prosimulador, Real Simuladores e do Denatran


As aulas 


1 - Depois das teóricas e antes das práticas. No total, serão cinco aulas de 30 minutos. 


2 - As aulas seguem módulos de instruções básicas a condições adversas nas vias. Os instrutores podem mudar aspectos, como acrescentar neblina ou chuva nos cenários. 


3 - No final da aula é emitida uma lista com as infrações cometidas, como setas não acionadas. Os dados não influenciarão na aprovação do aluno, mas as informações caem no sistema do Detran de cada Estado. 


Cenários 


Devem se aproximar da realidade das vias, mas não podem ser cenas reais e nem reproduzir trechos de uma cidade específica. Algumas situações: aclives e declives, curvas e estacionamento. 


Na mesma via 


Há a possibilidade de que alunos em aula ao mesmo tempo encontrem os carros dos colegas no cenário. Seria como fazer o treinamento com veículos da mesma ou de outras autoescolas. 


Quem vai usar 


Os alunos que iniciarem o processo para CNH de categoria B (carro) a partir de 1º de janeiro. 


Funcionamento 


Como veículo normal. É necessário colocar o cinto, ajustar espelhos e dar partida. Se tirar o pé da embreagem muito rápido, o carro apaga. 


O preço 


Pode custar até R$ 38 mil para o CFC. É necessária ainda licença, suporte e manutenção mensais do equipamento, que saem por até R$ 1.670.


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