Imóveis
Rumo ao recorde do crédito imobiliário no país
Empréstimos para compra e construção alcançaram o valor de R$ 49,6 bilhões no primeiro semestre de 2013
Os empréstimos para compra e construção de imóveis no país alcançaram o valor de R$ 49,6 bilhões no primeiro semestre de 2013 - 34% a mais que os R$ 37 bilhões do mesmo período de 2012 - de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O volume é o maior já registrado em um único semestre.
Os dados levam em conta apenas os financiamentos com recursos da poupança. Pelas regras do Banco Central, 65% do saldo da caderneta devem ser direcionados para o crédito imobiliário.
Somente em junho, foram concedidos R$ 11,2 bilhões, alta de 51% sobre o volume do mesmo mês no ano passado e aumento de 15% em relação a maio de 2013. Em número de unidades, nos primeiros seis meses desse ano, foram financiados 244,7 mil imóveis, 14% a mais que no mesmo período em 2012.
Consumidor deve manter a cautela
Com o resultado, a Abecip mantém a projeção de crescimento do crédito em, pelo menos, 15% neste ano, chegando a R$ 95,2 bilhões. A meta representa um novo recorde, superando o já histórico desempenho do ano passado. O motivo da alta no primeiro semestre foi o volume "represado" no fim de 2012 e que acabou "desaguando" agora, afirma o presidente da Abecip, Octavio de Lazari Junior. Para o executivo, a projeção de alta é "saudável" para o setor.
Na avaliação de Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos, porém, a expansão do crédito agora é pontual:
- No cenário atual, de economia crescendo pouco, renda caindo e inflação preocupante, o consumidor deve seguir conservador na tomada de empréstimos longos.
Em relação aos preços, Alexandra projeta que não deve ocorrer queda, mas os aumentos devem acompanhar a inflação, sem subir muito acima dela, como ocorreu em anos anteriores.
- FGTS - O valor máximo de imóveis para financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) - que possibilita uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e juro menor - pode subir de R$ 500 mil para R$ 750 mil ainda neste ano. A proposta da Abecip está sob análise do governo federal.