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Alagamentos

Prejuízos por todos os lados em Porto Alegre e Alvorada

Enquanto autoridades se desdobram para buscar explicações, a população atingida, não importa a cidade, só tem uma certeza: o prejuízo é grande

03/09/2013 - 07h39min

Atualizada em: 03/09/2013 - 07h39min


No Sarandi, onde 700 casas foram alagadas, Raimundo Silva e a mulher, Patrícia, têm de limpar a imundícia após a enchente

A força da água não respeita limites de território. De um lado, o alagamento de 700 casas no Bairro Sarandi provocado pelo rompimento do dique. Do outro, a enchente que não cede em Alvorada deixa pessoas desabrigadas há dez dias.

Enquanto autoridades se desdobram para buscar explicações, a população atingida, não importa a cidade, só tem uma certeza: o prejuízo é grande.

"Foi aumentando em questão de segundos"

Na casa do oleiro Raimundo de Aquino Silva, 40 anos, e a dona de casa Patricia Simão, 35 anos, na Vila Asa Branca, na Capital, a segunda-feira foi dia de contabilizar perdas.

- A água foi aumentando em questão de segundos. Eu fiquei para cuidar da casa, em cima do telhado. Só eu e o cachorro - conta Raimundo, referindo-se à valiosa companhia de Guerreiro até que a enchente terminasse.

Vivendo no ginásio, sem saber até quando

Ela já perdeu as contas, mas sabe que, há mais de uma semana, o Ginásio Municipal Tancredo Neves, em Alvorada, se transformou no seu lar provisório. A aposentada Maria José Duarte da Silva, 78 anos, é uma das 88 pessoas acolhidas no local.

Ao lado do nebulizador, da geladeira, do tanquinho e do forno que conseguiu salvar, ela espera os dias passarem, descansa, conversa um pouco e sente saudades do seu lar e da horta que cultiva no pátio.

- Não tem como a casa da gente, mas fazer o que? Vou esperar - resigna-se a moradora da Nova Americana.

Pedreiro criou transporte alternativo

Quem se aventurou a continuar na região alagada precisou criar formas de se locomover e tentar evitar o contato com a água suja. O pedreiro Alexander Martins, 34 anos, utilizava uma jangada montada por ele ao longo da Rua Itararé, na Vila Americana.

- Fiz para ajudar a tirar o pessoal e as crianças - afirma.

A água está baixando bem lentamente na região. Enquanto espera para poder retornar às residências, um grupo de moradores voluntários se desloca em botes e auxilia no resgate de vizinhos e na vigilância das casas.


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