Planeta Moto
Yamaha lança sua primeira motocicleta de 150cc
Modelo da linha street foi desenvolvida por engenheiros brasileiros e japoneses
De olho no segmento que domina o setor de duas rodas no Brasil, a Yamaha apresentou na semana passada a Fazer 150cc, sua primeira moto urbana nessa cilindrada. Bem mais moderna que YBR 125, a street tem tudo para abocanhar parte do mercado dominado pela Honda CG (Titan e Fan) a partir de 1º de outubro, quando chega nas concessionárias.
- Essa moto demorou três anos para ser feita, com a participação da engenharia do Brasil e do Japão - disse o diretor presidente da fábrica no Brasil, Shigeo Hayakawa, durante a apresentação do veículo à imprensa especializada, na Praia de Sauípe, em Salvador.
O design lembra o da Fazer 250, com tanque musculoso, lanterna traseira arredondada e painel com elementos digitais e analógicos. O banco tem material antiderrapante - a espuma deixa a desejar, assim como na maioria das street da cilindrada.
Top de linha vem com cavalete central
O motor tem aceleração suave e nível de vibração surpreendentemente baixo. Destaques ainda para a posição de pilotagem, ideal para quem passa horas ao guidão. No bagageiro, falha da Yamaha: na parte de ferro não há saída para colocação de bauleto - segundo a fábrica, será necessário comprar um acessório para instalá-lo.
O modelo chegará em duas versões. A básica é a ED, a R$ 7.390. A SED, com cavalete central, lentes brancas nos piscas, molas pintadas na cor da moto, grafismo exclusivo e banco antiderrapante sai por R$ 7.890 (valores sem frete).
Potência gera polêmica
Durante a coletiva de anúncio da moto, na Bahia, a Yamaha causou muito polêmica ao anunciar que a Fazer 150 é a mais potente da categoria. Em sua ficha técnica, a potência é de 12,2 cavalos. A Honda CG, principal concorrente, declara 14,4 cavalos.
Em ambos os casos, a medição é feita no virabrequim. O diretor de Engenharia de Produto da fábrica, Hilário Kobayashi, deixou claro que, na potência medida na roda, a Yamaha leva vantagem.
Aferição fica para outubro
- O que vale é na roda, pois é o que toca o chão e faz a moto andar. Nesse aspecto, a nossa tem mais potência - assegurou o diretor de marketing da Yamaha, Ricardo Tedesco.
Em um gráfico mostrado durante a coletiva, mas depois vetado à imprensa, a fábrica que detém 11% do mercado nacional garantiu que a Fazer é pelo menos 7% mais potente que a rival. Em outubro, quando a Fazer 150 chegar às concessionárias, será possível fazer uma medição dos dois modelos.
Grande scooter chegando
Durante o evento nas imediações de Salvador, a Yamaha mostrou ainda o maxiscooter T-Max 530, que deve ser trazido para o Brasil em dezembro. Luxuoso, no teste drive o veículo chegou fácil aos 160km/h e mostrou muita segurança. Mas o preço, que deve ficar em cerca de R$ 42 mil, deixa claro que é um veículo para poucos.