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Dados em queda

Piora o estado de conservação de estradas gaúchas, diz Pesquisa CNT de Rodovias

Do total de 8.255 quilômetros avaliados no estudo, 48,9% estão em condições ótimas e boas

31/10/2013 - 23h28min

Atualizada em: 31/10/2013 - 23h28min


RS-324, no Noroeste do Rio Grande do Sul, tem estado geral considerado ruim

Os dados da Pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT) de Rodovias 2013, divulgados nesta quinta-feira, retratam uma situação muitas vezes sentida na pele de usuários que circulam pelas estradas gaúchas. Os índices satisfatórios (ótimo e bom) sobre a conservação dos trechos no Estado apresentam piora desde 2010. Nesta edição, não foi diferente.

Do total de 8.255 quilômetros avaliados - 5.525 nas mãos do setor público e 2.730 com concessionárias -, 48,9% estão em condições ótimas e boas. No ano passado, o índice era de 58,7%, número que abrange estradas federais e estaduais. Foram avaliados pavimento (59,9% de ótimo e bom), sinalização (52,1%) e geometria da via (22,1%).

As rodovias conservadas pelo poder público têm 37,5% de ótimo e bom, contra 72% das administradas por concessionárias. O índice é de 56,5% quando se refere à extensão federal e 31,8% no que diz respeito à estadual. Há seis pontos considerados críticos (que trazem graves riscos à segurança dos usuários): dois são erosão na pista e quatro são referentes a grandes buracos.

O estado geral das rodovias brasileiras também teve piora no último ano. Conforme a pesquisa, 63,8% da extensão avaliada apresenta alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria. Em 2012, o índice havia sido de 62,7%. Também aumentou o número de pontos críticos, que passaram de 221 para 250. De acordo com o estudo, a maior parte da extensão pesquisada (88%) é formada por pistas simples e de mão dupla, e 40,5% do total avaliado não tem acostamento.

Segundo o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, a estatística mostra a necessidade urgente de aumentar os investimentos nas rodovias brasileiras, principalmente em duplicação.

- O governo tem uma dificuldade gerencial. Muitos projetos não saem do papel. Há um excesso de burocracia. Os investimentos precisam ser ampliados de fato para que o Brasil possa melhorar sua competitividade - diz o senador.

Esta é a 17ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, na qual foram avaliados 96.714 quilômetros em 30 dias de coleta em campo. É pesquisada toda a malha federal pavimentada e as principais rodovias estaduais. O órgão estima que as rodovias brasileiras necessitam de R$ 355,2 bilhões em investimentos, mas informa que o governo federal autorizou bem menos: R$ 12,7 bilhões. Os valores estaduais não foram contabilizados. Cerca de 66% da movimentação de cargas e 90% da movimentação dos passageiros ocorrem pelas rodovias do Brasil.

Comparativo

Dados divulgados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) atestam a diminuição de trechos considerados ótimos ou bons nas estradas do Rio Grande do Sul em 2013. Veja o comparativo:

                   2012           2013
Ótimo        11%           5,3%
Bom           47,7%        43,6%
Regular     31,8%        40,3%
Ruim          7,2%          9,2%
Péssimo     2,4%          1,6%


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