Notícias



FELIZ ANO-NOVO

Promessas feitas e alcançadas em 2013

O Diário Gaúcho encontrou cinco personagens que são exemplos de que a persistência traz felicidade

31/12/2013 - 10h00min

Atualizada em: 31/12/2013 - 10h00min


Mateus Bruxel / Agencia RBS

Assim que bater meia-noite e 2014 começar, os abraços entre familiares e amigos serão regados a desejos, numa forma clássica de pensamento positivo:


- Muita paz, amor, saúde, grana...


Pois bem. Para alguns, as palavras não se concretizam, seja por falta de sorte ou competência. Mas para quem se esmera, é grande a chance de ver realizados os desejos, especialmente aqueles que partem das próprias expectativas. O Diário Gaúcho encontrou cinco personagens que são exemplos de que a persistência traz felicidade. Reunidos pelo jornal, eles brindam a chegada do Ano-Novo com ainda mais motivação.


"Sou orgulhoso de mim"


ROBERTA SCHULER

roberta.schuler@diariogaucho.com.br


Saúde para dar e vender. Esse é um dos desejos famosos da clássica música. Pois esta foi uma conquista garantida em 2013 pelo oficial de Justiça José Gabriel Irace, 58 anos, do Bairro Cavalhada. E que vai perdurar pelos próximos anos que vierem: depois de fumar por 40 anos (de três a quatro carteiras por dia nos últimos tempos), ele tomou a decisão de abandonar o vício.


- O cigarro estava me fazendo mal. De dez em dez minutos, estava fumando. Tinha inveja daqueles que decidiam parar e conseguiam - conta José Gabriel, que contabilizou uma economia mensal de R$ 572 com a extinção do fumo.


Cortou também bebida e café


A participação em um grupo de apoio mantido pela Secretaria Municipal da Saúde, o uso de medicação específica e a determinação foram importantes na mudança. Mas ele também reduziu o consumo do café e de bebidas que induziam a vontade.


Se considera curado do vício


Desde maio ele não fuma e enumera os benefícios.


- Estou muito bem! Ainda dá vontade, mas passa rapidamente. A diferença na saúde é grande. Antes, tossia, tinha pigarro. O olfato e o paladar aumentaram - observa.


Com a mudança, José Gabriel também se sentiu motivado a tirar a bicicleta da garagem e voltar a pedalar.


- Eu me considero curado. Estou no grupo ainda para ajudar. Quero até virar palestrante, contar a minha história. Sou orgulhoso de mim - revela o oficial.


Jovem abraçou a vida


EDUARDO RODRIGUES

eduardo.rodrigues@diariogaucho.com.br


Existem pessoas especiais, mas há aquelas que vão além: são iluminadas. A universitária Siane Tschiedel Rodrigues, 19 anos, é uma delas. Diagnosticada em 2008 com aplasia medular (doença rara, que reduz o líquido onde são produzidas células sanguíneas), esteve perto da morte.


A moça de Gravataí tinha hematomas em locais onde não houve pancada, sangramento nasal e gengival, febre e infecções:


- Eu era um diamante, todo mundo me cuidava.


Mas, graças ao tratamento e apoio familiar, aliado a sua força e otimismo, ela melhorou, surpreendendo parentes e médicos. A fase atual é de paz e felicidade. O mar que já foi revolto, hoje não manda nem marolinhas. Siane atravessou 2013 nadando de braçada.


Após entregar brinquedos para pacientes do setor de Oncologia do Hospital Santo Antônio da Criança na Capital, onde também esteve internada, ela faz seu balanço:


- Foi um ano maravilhoso. Além de passar no vestibular e começar o curso de Serviço Social na Ulbra, conheci meu namorado e meus exames continuam bons.


Pequenos negócios, grandes sonhos


CÁREN CECÍLIA BALDO

caren.baldo@diariogaucho.com.br


- Eu pensei que o 13 do 2013 fosse trazer problemas. Nunca fui supersticioso, mas me passou esse pensamento. Ainda bem que o medo não teve fundamento. Tivemos o melhor ano da gente aqui.


A comemoração é do comerciante Luiz Alberto Kuphal, 49 anos. Há uma década, ele e a esposa, Márcia Consolata Hirsch Kuphal, 50 anos, recém-vindos da cidade de Três de Maio, no Noroeste (460km da Capital), abriram um minimercado na Parada 16 da Lomba do Pinheiro.


E era mini mesmo: pouca variedade de produtos e quase nada de dinheiro. Até o valor para dar troco era emprestado pelo irmão de Luiz, que mantinha um mercadinho no Bairro Hípica.


Novo objetivo para o ano que se aproxima


Depois de um tempo na informalidade, em novembro de 2012, ele registrou o mercado. E aí passou a ter acesso ao microcrédito orientado, o que fez a maior diferença. Comprou bons estoques com preço mais em conta e diversificou as mercadorias. Aproveitou ainda para pedir ajuda ao Sebrae, e os bons ventos só se seguiram.


Os desejos de prosperidade que Luiz recebeu nove anos após começar, na virada de 2012 para 2013, se concretizaram: o pequeno negócio cresceu 25% em um ano. Orgulhosos, Luiz e Márcia contam que foi neste ano que o filho mais novo, Adriel, 19 anos, entrou para a faculdade de Direito.


- Vamos dar a ele um futuro diferente do que vivemos. Prosperamos, mas a vida é complicada - comenta Márcia.


Luiz conta que, para 2014, mudará o desejo:


- Não queremos ser maiores, e sim pequenos prestativos. O que eu espero é que minha hérnia de disco pare de me incomodar. Então, meu maior desejo é ter saúde. CÁREN 


Padrinhos com corações apaixonados


ALINE CUSTÓDIO

aline.custodio@diariogaucho.com.br


O sorriso largo e o brilho renovado nos olhos da professora Cláudia Zank, 44 anos, e do representante comercial Henrique Cabreira Pinho, 43 anos, do Bairro Petrópolis, em Porto Alegre, revelam: os dois estão amando.


- E foi amor à primeira vista! - diz, emocionada, a professora.


Juntos há cinco anos, encontraram o que acreditam ser o amor verdadeiro ao apadrinharem, em agosto, um garoto de oito anos, morador da Aldeia Infantil SOS, localizada no Bairro Sarandi.


- Quando o olhamos, nos cutucamos. Pensamos juntos que havíamos encontrado o nosso afilhado. Imediatamente, ele nos olhou. Então, para nossa surpresa, ele veio e se apresentou. Se chamava Henrique, o mesmo nome do meu marido - recorda, sorridente, Cláudia.


Os encontros se tornaram semanais. E o pequeno Henrique, como é chamado pelo casal, passou a frequentar a casa da família em finais de semana e feriados.


Professora sugere que sigam o exemplo


Entre os programas, passeios pelas praças e parques. Nada de shoppings e compras.


- Queremos mostrar a ele que o convívio familiar é mais importante que o consumismo - afirma Cláudia.


Eufórica, Cláudia garante que a vida ganhou novas cores com a chegada do menino. E ela recomenda a outros casais buscarem o apadrinhamento afetivo:


- Sempre fizemos coisas de casal, como ficar em casa assistindo a filmes. Desde que o pequeno Henrique entrou na nossa vida, ela se tornou muito mais alegre.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias