Música e tradição
Tradicionais rodas de samba de raiz ocorrem em diferentes partes de Porto Alegre
Para participar da roda itinerante, basta levar o instrumento ou saber cantar
Inspirados no amigo Irajá Guterres, o Mestre Irajá, um grupo de apaixonados por samba decidiu espalhar por diferentes partes de Porto Alegre e do Estado esta paixão que eles têm em comum. E o melhor: gratuitamente.
Há um ano e oito meses, surgiu o Samba do Irajá, que reúne músicos e cantores profissionais e amadores. Para participar da roda itinerante, basta levar o instrumento ou saber cantar. No entorno do grupo, fica quem admira o ritmo - num único dia, 400 pessoas chegam a se reunir para conferir as apresentações.
- O que importa é que o samba é de todos nós - justifica o taxista Cézar Carioca Mendonça, um dos idealizadores do grupo, reforçando uma das máximas da turma.
A cada sábado, o encontro ocorre num lugar diferente. Valem quadras de escolas de samba e de tribos, sedes sociais e até CTGs. A proposta deu tão certo que a agenda dos amigos está lotada até a metade de 2014.
- Não cobramos ingresso ou cachê em dinheiro. Nossa única exigência é que o dono do local forneça 15 quilos de carne, duas caixas de cerveja, uma de água e outra de refrigerante para a roda de samba. A carne é beliscada por todos - conta Cézar.
Instrumento e alegria
Outro idealizador do grupo, Jesus Machado, 50 anos, revela que num único sábado é possível reunir até 35 cantores e 45 músicos numa única apresentação. Cada cantor tem direito a cinco músicas. Na roda, ficam 13 músicos e um cantor, que se revezam ao longo da noite.
É na prancheta carregada por Cézar que são organizados os participantes do
dia, que começa às 17h e termina por volta das 23h30min.
- É uma roda de samba democrática. Basta trazer o instrumento e a alegria - completa o funcionário público aposentado Rui Correa, 71 anos.
>> Assista o vídeo do Dia do Samba, comemorado no dia 2 de dezembro: