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Abandono

Corredores de ônibus de Porto Alegre precisam de reparos urgentes

Trechos que não integram o sistema BRT têm problemas em gradis, telas e coberturas, entre outros

07/04/2014 - 08h55min

Atualizada em: 07/04/2014 - 08h55min


Na Estação De Conto, na Avenida Farrapos, não há mureta divisória de pistas

Porto Alegre se prepara para implantar um novo, ágil e moderno sistema de transporte coletivo, mas não enxerga a deterioração dos antigos corredores de ônibus. Pelo menos, esta é a sensação dos usuários que utilizam paradas que não receberão linhas do BRT (ônibus de trânsito rápido).

● Destruídos, sujos e pichados

Enquanto avançam as obras das futuras estações nas avenidas Protásio Alves, Bento
Gonçalves, João Pessoa e Padre Cacique, corredores tradicionais da Farrapos, Assis Brasil e da Terceira Perimetral estão abandonados e aguardam reparos urgentes. Nestes pontos, o mobiliário urbano foi parcialmente destruído, além de estar sujo e pichado.

Segundo o funcionário público Vladimir de Oliveira Teixeira, 49 anos, o serviço de manutenção dos equipamentos é deficiente e demorado.

- Deveriam melhorar a conservação e aumentar o número de assentos para os passageiros que esperam os ônibus - reclamou, na Estação De Conto, na Farrapos.

Para o estudante Victor Rech, 18 anos, é um desleixo com as estruturas fixas da cidade.

- A gente paga imposto, mas não tem retorno. Deveriam arrumar, pelo menos - afirmou Victor.

À espera de manutenção

Avenida Farrapos

Estação De Conto
Sem mureta divisória de pistas
Sem o gradil de proteção na plataforma de embarque
Módulo do gradil está pendurado

Avenida Assis Brasil

Estação São João
Falta de módulos de acrílico sobre a mureta de proteção lateral da plataforma
Gradil na passagem de pedestres está sem tela

Terceira Perimetral

Estações Carlos Gomes e Protásio Alves, sob o viaduto Jorge Alberto Mendes Ribeiro
Elevador não funciona
Piso sem lajota

Estação Tarso Dutra
Parte da cobertura está danificada

Terminal Triângulo
Elevador não funciona

Vandalismo custa R$ 400 mil por ano, diz EPTC

Gerente do mobiliário urbano da EPTC, Abaeté Torres disse que uma equipe fará vistoria nos corredores com problemas. O vandalismo nos equipamentos de trânsito (semáforos, placas) e transporte (corredores e paradas, gradis, luminárias) custa R$ 400 mil por ano, em média, para a prefeitura. Em 2013, o valor chegou a R$ 495 mil.

Nos primeiros meses de 2014, os prejuízos causados por vândalos beiram os R$ 80 mil. Sobre os problemas nos elevadores, Abaeté explica que será feita uma licitação, porque o contrato atual de manutenção não prevê reparos por atos de vandalismo. Desde o ano passado, a colagem de adesivos e cartazes em placas de trânsito e paradas de ônibus vem sendo punida.

A multa pode chegar a R$ 1,5 mil e é aplicada à empresa responsável pela propaganda. No ano passado, as notificações geraram R$ 65 mil para o município.


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