Abandono
Corredores de ônibus de Porto Alegre precisam de reparos urgentes
Trechos que não integram o sistema BRT têm problemas em gradis, telas e coberturas, entre outros

Porto Alegre se prepara para implantar um novo, ágil e moderno sistema de transporte coletivo, mas não enxerga a deterioração dos antigos corredores de ônibus. Pelo menos, esta é a sensação dos usuários que utilizam paradas que não receberão linhas do BRT (ônibus de trânsito rápido).
● Destruídos, sujos e pichados
Enquanto avançam as obras das futuras estações nas avenidas Protásio Alves, Bento
Gonçalves, João Pessoa e Padre Cacique, corredores tradicionais da Farrapos, Assis Brasil e da Terceira Perimetral estão abandonados e aguardam reparos urgentes. Nestes pontos, o mobiliário urbano foi parcialmente destruído, além de estar sujo e pichado.
Segundo o funcionário público Vladimir de Oliveira Teixeira, 49 anos, o serviço de manutenção dos equipamentos é deficiente e demorado.
- Deveriam melhorar a conservação e aumentar o número de assentos para os passageiros que esperam os ônibus - reclamou, na Estação De Conto, na Farrapos.
Para o estudante Victor Rech, 18 anos, é um desleixo com as estruturas fixas da cidade.
- A gente paga imposto, mas não tem retorno. Deveriam arrumar, pelo menos - afirmou Victor.
À espera de manutenção
Avenida Farrapos
Estação De Conto
Sem mureta divisória de pistas
Sem o gradil de proteção na plataforma de embarque
Módulo do gradil está pendurado
Avenida Assis Brasil
Estação São João
Falta de módulos de acrílico sobre a mureta de proteção lateral da plataforma
Gradil na passagem de pedestres está sem tela
Terceira Perimetral
Estações Carlos Gomes e Protásio Alves, sob o viaduto Jorge Alberto Mendes Ribeiro
Elevador não funciona
Piso sem lajota
Estação Tarso Dutra
Parte da cobertura está danificada
Terminal Triângulo
Elevador não funciona
Vandalismo custa R$ 400 mil por ano, diz EPTC
Gerente do mobiliário urbano da EPTC, Abaeté Torres disse que uma equipe fará vistoria nos corredores com problemas. O vandalismo nos equipamentos de trânsito (semáforos, placas) e transporte (corredores e paradas, gradis, luminárias) custa R$ 400 mil por ano, em média, para a prefeitura. Em 2013, o valor chegou a R$ 495 mil.
Nos primeiros meses de 2014, os prejuízos causados por vândalos beiram os R$ 80 mil. Sobre os problemas nos elevadores, Abaeté explica que será feita uma licitação, porque o contrato atual de manutenção não prevê reparos por atos de vandalismo. Desde o ano passado, a colagem de adesivos e cartazes em placas de trânsito e paradas de ônibus vem sendo punida.
A multa pode chegar a R$ 1,5 mil e é aplicada à empresa responsável pela propaganda. No ano passado, as notificações geraram R$ 65 mil para o município.