Voltou para a escola
Jovem cadeirante consegue transporte adaptado após ficar quase um mês sem ir à escola
Cadeirante de Canoas estava há quase um mês sem ir ao colégio por falta de transporte adaptado
No dia de seu aniversário de 18 anos, o cadeirante Willian Ciqueira da Cunha ganhou um presente especial. Nesta quarta-feira, ele voltou a frequentar a escola, depois de quase um mês afastado das aulas. Um ônibus adaptado vai transportá-lo para o colégio.
Em matéria publicada no dia 4, o Diário Gaúcho contou a história do jovem, que precisava de um veículo com mobilidade para cadeirante para ir para a aula. Willian mora no Bairro Guajuviras e estuda na Escola Estadual de Ensino Médio Professora Margot Teresinha Noal Giacomazzi, no Bairro Estância Velha. Ele é portador de uma distrofia muscular congênita, e precisa de uma cadeira de rodas motorizada para se locomover.
Desde janeiro, os pais de Willian, o vigilante Hamilton Cunha e a dona de casa Cíntia Ciqueira, ambos de 37 anos, tentavam conseguir um transporte, mas não era possível remanejar os trajetos dos ônibus adaptados para um local perto da casa deles.
O que preocupava os pais do rapaz era que apenas em maio seriam abertas pela Secretaria Municipal de Educação as inscrições para novas vagas para alunos que necessitam de transporte adaptado. Isso faria com que o rapaz perdesse, pelo menos, três meses de aula.
Porém, na semana passada, Cíntia recebeu um telefonema da Secretaria Municipal de Transportes, disponibilizando a locomoção do estudante.
- Ficou melhor que antes, já que o ônibus especial o pega na porta de casa. Antes, ele não ia ao colégio quando chovia, porque não dava para ele manusear a cadeira e o guarda-chuva até a parada de ônibus. Agora, ele pode ir para a escola todos os dias, estamos muito felizes - explicou Cintia.
Na hora marcada, a mãe, o pai e os dois irmãos de Willian acompanharam a chegada do ônibus. O veículo é equipado com elevador, local adaptado para cadeirante, ar-condicionado e calefação.
- Estou muito feliz de voltar às aulas - comentou Willian.
Como ajudar
Willian precisa de duas baterias para a cadeira de rodas motorizada, que ele ganhou de uma Ong em novembro de 2012. O par custa, em média, R$ 1500. Quando novas, as baterias duram até 30 quilômetros, mas, viciadas como estão as dele, só funcionam até 4 quilômetros. O modelo especial para cadeiras de rodas é de 12 volts e 50 amperes. Para doar dinheiro ou as baterias, ligue para 8570-3908.
Presente também para os pais do Willian, que nunca tiveram a felicidade de ver o filho indo para a aula sem ter que percorrer quase 3km com a cadeira de rodas para pegar um ônibus.