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Copa na Capital

Em busca do clima da Copa do Mundo

Veja como o clima do Mundial já está tomando conta das ruas de Porto Alegre e da vida dos moradores

03/05/2014 - 14h47min

Atualizada em: 03/05/2014 - 14h47min


Colecionadores reunidos para trocar figurinhas de álbum de seleções da Copa do Mundo 2014 na esquina da avenida José de Alencar com a rua Múcio Teixeira, no bairro Menino Deus

Neste sábado, faltarão 40 dias para o início da Copa do Mundo. Na Capital, o clima do Mundial vem chegando de forma tímida, abafado pelas constantes críticas às obras atrasadas, que tanto transtorno têm trazido.

Mas é possível de ser notado aqui e ali - é só procurar com atenção. Ainda não se vê bandeiras tremulando e ruas multicoloridas, porém, alguns sinais já dão pistas de que a Copa será memorável para os porto-alegrenses.

Em Viamão, que vai receber a seleção do Equador, é evidente o esforço dos anfitriões para agradar aos visitantes. O comércio está agitado, e a cidade ainda terá festas de recepção e de despedida para os jogadores.

Fãs de todas as idades
De quatro em quatro anos, uma febre toma conta do país. É a troca de figurinhas de jogadores da Copa do Mundo, uma paixão que mobiliza do netinho ao avô. Na Capital, torcedores de todas as idades reúnem-se em uma avenida do Bairro Menino Deus para promover o escambo de cromos com a imagem dos jogadores das 32 seleções do Mundial de 2014. Ali, o clima da Copa é fácil de ser encontrado.

Os encontros ocorrem sempre em feriados e nos finais de semana em frente à agência da Caixa Econômica Federal, na esquina da Avenida José de Alencar com a Rua Múcio Teixeira. A Praça da Alfândega, no Centro, é outro ponto escolhido pelos fanáticos para a troca das figurinhas.

Tudo para completar álbum
Idosos, adultos, jovens e crianças com papel e caneta na mão dividem-se em grupos e exercem a lei da oferta e procura. Um Messi, Cristiano Ronaldo ou Neymar, por exemplo, pode valer até cinco jogadores de menor expressão. O analista de sistemas Marcos Silveira, 48 anos, já comprou 150 pacotes para o álbum da filha. Nos últimos 50, a decepção. Das 250 figurinhas, só 61 foram aproveitadas.

Mais sorte teve o pequeno Marcelo, de oito anos. No feriado do Dia do Trabalho, ele conseguiu a última figurinha que faltava para completar a seleção da Argentina: Rodrigo Palácio.

Marcelo estava com a irmã gêmea, Isabella, e os pais no encontro para troca de figurinhas. Segundo a defensora pública Lisiane Alves, 38 anos, e o advogado Marcelo Bruno Morais Nascimento, 41 anos, o dia foi proveitoso para os pequenos colecionadores.

- Já conseguimos 19 figurinhas para o álbum dela e 13 para o dele - disse Lisiane.

Colecionador empolgado
Colecionador de figurinhas há quase três décadas, o vigia Ricardo Neglia, 43 anos, do Bairro Nonoai, já finalizou o primeiro dos dez álbuns do Mundial 2014 que pretende guardar. Apaixonado por futebol, Ricardo tem álbuns raros - como o álbum alemão da Olimpíada de 1932.

Neste ano, porém, confessa que ainda está tímido com relação à Copa, apesar da competição ser realizada no país:

- Vou torcer pelo Brasil, claro. Principalmente, pelo sucesso do Oscar, que é um jogador humilde.

Chegou a amarelinha
A chegada da camisa verde-amarela com o nome do patrocinador da loja de conveniências da qual é proprietário fez Rodrigo Gomes, 30 anos, abrir um largo sorriso na tarde de quarta-feira. Era o início da preparação do clima para o Mundial.

Nos próximos dias, a loja ganhará uma decoração especial para a Copa. Ela está a menos de 200m do Beira-Rio e deve ficar aberta durante o Mundial.

- Só daqui a um ano vou recuperar as perdas que eu tive, ocasionadas pelas obras no entorno do estádio. Mas os jogos oficiais poderão começar a mudar esta realidade - acredita Rodrigo, que torcerá pelo Brasil e pelo sucesso da Copa do Mundo.


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