À espera da presidente
Inauguração do Hospital da Restinga ficou para junho
União, Estado e prefeitura da Capital assinam dia 20 a contratualização que define a participação de cada um no custeio. Instituição deve abrir antes da Copa
O último ato do projeto aguardado há mais de três décadas pela Restinga e pelo Extremo Sul da Capital será realizado no próximo dia 20. Ministério da Saúde e secretarias da Saúde do Estado e da Capital deverão assinar a contratualização - relação de financiadores e de suas responsabilidades no projeto da gestão do hospital -, que será administrado pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento. O custo de manutenção do hospital ainda não foi definido. O valor varia de R$ 3,8 milhões a R$ 4,1 milhões mensais.
Agenda da Dilma decide data
Segundo a secretária estadual da Saúde, Sandra Fagundes, o governo federal arcará com 50% da despesa, o Estado com 25% e a prefeitura com 25%.
- O contrato está em fase de elaboração, mas já chegamos a um acordo referente aos percentuais - disse a secretária, lembrando que ainda falta a fixação dos valores que caberá a cada um.
Definida esta parte, o hospital será inaugurado. A ideia é que as portas sejam abertas à população ainda no final de maio ou no começo de junho, dependendo da agenda da presidente da República, Dilma Rousseff, que virá para a inauguração. O certo é que, antes da Copa, a Capital ganhará um novo e importante serviço de saúde.
Abertura será gradual
Sandra ressalta que a abertura será gradual. Nesta primeira fase, a Unidade de Pronto-Atendimento Hospitalar (Upa) 24 Horas funcionará com 25 leitos de observação mais 30 leitos de internação (20 adultos e dez pediátricos). O hospital também abrirá a Unidade de Diagnóstico com tomografia para a Emergência. Na segunda fase, ainda sem previsão, serão inaugurados os centros Cirúrgico, Obstétrico e o ambulatório de Especialidades com o setor de Odontologia, mais a ampliação da Unidade de Diagnóstico. Na última fase do complexo hospitalar, entrarão em operação a UTI, o setor de Reabilitação e a Escola de Gestão.
Da comunidade para a comunidade
A integração com a comunidade é um dos motivos de orgulho da Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Segundo o superintendente de Educação, Pesquisa e Responsabilidade Social da instituição, Luciano Hammes, 110 técnicos de enfermagem residentes na Restinga já estão aptos para trabalhar no hospital.
- É um hospital feito pela comunidade e para a comunidade - resumiu o superintendente.
Luciano disse que o hospital será, também, um centro de desenvolvimento de práticas de gestão do Sus.
Presidente do Comitê Pró-Construção do Hospital Geral da Restinga e Extremo Sul, Nelson da Silva não vê a hora de ver o sonho realizado.
- É uma ótima notícia, pois é um serviço muito aguardado e necessário para a comunidade - revelou Nelson.
Abertura será gradual
- A intenção é abrir novos leitos a cada 30 dias, com funcionamento a pleno seis meses após a abertura.
- Em plena atividade, serão 1,3 mil atendimentos ambulatoriais, na emergência e unidade de diagnóstico por dia.
- O Hospital da Restinga beneficiará a população do Extremo Sul (Lageado, Lami, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol) da Capital, um total estimado em 200 mil pessoas.