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Disputa Mirim

Jogadores mirins vivem emoção do mundial em disputa entre as escolas públicas de Viamão

Na Copa de Viamão, o Brasil foi eliminado nas oitavas de final pelo Chile

05/06/2014 - 09h02min

Atualizada em: 05/06/2014 - 09h02min


Jeniffer Gularte
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Na Copa de Viamão, o Brasil foi eliminado nas oitavas de final pelo Chile. O erro, segundo o capitão da equipe, Felipe Borges, 11 anos, foi a falta de passe de bola e chute a gol. Fez bonito no treinamento mas falhou na hora do jogo.

- A equipe estava muito disposta, mas faltou concentração.

A seleção brasileira, representada pela Escola Municipal Getúlio Vargas, voltou pra casa frustrada mas a Copa do Mundo Escolar com instituições municipais e estaduais não esfriou. Entre os jogadores de 10 a 12 anos, ansiedade, comemoração e lágrimas marcaram o primeiro mata-mata do campeonato, que ocorreu na manhã de ontem, no Campo do Tamoio. A classificação do Uruguai, da Escola Municipal Castelo Branco, foi a mais sofrida. Após nove pênaltis cobrados derrotaram a Costa do Marfim, da Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima.

A competição é uma reprodução do mundial de verdade: são 32 seleções, cada uma representada por uma escola através de sorteio, 16 chegaram as oitavas e oito disputarão as quartas, que ocorre na próxima quarta-feira, junto com a semi e a grande final.

- É preciso foco pra fazer bonito - ensina André Rosa Lopes, 12 anos, da 7ª série da Escola Municipal Jardim Viamar, que representa a seleção da Costa Rica. Além de driblar o nervosismo, para o bom desempenho em campo não dá para errar na alimentação. Do mesmo time, Francisco dos Santos, 12 anos, dá a receita: sanduiche, suco, iogurte e uma maça no café da manhã. Energia não falta.

- Minha mãe não deixa eu comer gordura.

Antes da partida, o aquecimento

Meia hora antes de enfrentar a Colômbia, da Escola Municipal Zeferino, o time começou a concentração com 50 polichinelos e alongamento dos membros. O capitão Matheus Sanabria, 12 anos, conta que tem a missão de comandar e orientar o time. Magrinho e com 1,50 metro de altura, é chamado pelos companheiros de "mini Messi". Além de ser o ídolo do garoto, os colegas justificam que ele tem o chute e o drible semelhantes ao ídolo do Barcelona. Todo o empenho classificou a equipe para as quartas de final.

João Vitor, o goleador

Tímido para dar entrevista, mas muito a vontade em campo. João Vitor Ferraz Duarte, 12 anos, é o goleador do campeonato. Estudante da 7ª série, coleciona oito gols a favor da seleção do México, representada pela Escola Municipal Recanto da Lagoa. Morador do Bairro Santo Onofre, credita seu desempenho a boa preparação. Conta que treina aos finais de semana, cuida da alimentação e se inspira nos passes do jogador Luan, do Grêmio e de Titiarito, artilheiro da seleção mexicana.

- Quero ser jogador - confessa.

>>> Confira as imagens da Copa de Viamão:

 

Sopa do Irã aprendida em sala de aula

Não é só no toque de bola que os alunos precisam mostrar dedicação. Cada escola foi encarregada de desenvolver trabalhos que envolvam o país que representam. Detalhes da economia, geografia e gastronomia são discutidos em sala de aula e serão expostos na grande final, na próxima quarta-feira. A instituição que tiver o melhor trabalho ganhará uma visita ao Beira-Rio ou a Arena.

A Escola Estadual Airton Senna, que defende o Irã, vai tentar fisgar os avaliadores pelo paladar. Uma sopa de lentilha com legumes, prato típico do país, será feita feitos pelos alunos. Gederson Soares, 12 anos, Cauã Oliveira Lopes, 10 anos, e Iago Luciano Borges dos Santos, 12 anos, são os responsáveis em preparar a receita que eles próprios pesquisaram.

Para fazer bonito nos jogos, contam que é preciso aprender a perder e não discutir em campo.

- Precisamos fazer com que o esporte não gere brigas - comenta Gederson.

Equador dá lições a Viamão

Viamão está eufórica para receber seleção do Equador na próxima segunda-feira e os alunos da Escola Municipal São Jorge, que representa o país na Copa Escolar, mergulharam a fundo na história do País. O professor de Educação Física, Jerônimo Kanahata, conta que o modelo de ensino, esporte e inclusão dos portadores de necessidades especiais do Equador tem muito a agregar ao ensino dos alunos.

- Mesmo que não fazemos a viagem para o país, a pesquisa que a gente faz já vale como uma. Até pouco tempo, por exemplo, não sabíamos que o Equador é um grande produtor de petróleo.

A competição

Copa do Mundo Escolar: escolas estaduais e municipais disputam a taça. A competição tem os mesmos moldes da Copa do Mundo.

Quem: cerca de 600 alunos envolvidos entre 10 e 12 anos.

Seleções nas quartas de final: México (Escola Recanto da Lagoa); Uruguai (Escola Castelo Branco); Chile (Escola Tolentino Maia); Costa Rica (Escola Jardim Viamar); Irã (Escola Airton Senna); Alemanha (Escola Genésio Pires); Nigéria (Escola Sargento Raimundo) e Argélia (Escola Açorianos).

Próxima fase: quartas, semi e grande final na próxima quarta-feira no Campo do Tamoio.


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