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Greve em Gravataí

Serviços básicos estão sendo prejudicados por greve de municipários

O bairro Cohab A está tendo problemas no posto de saúde e na Escola Municipal de Ensino Médio Santa Rita de Cássia

24/06/2014 - 08h01min

Atualizada em: 24/06/2014 - 08h01min


Jeniffer Gularte
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A greve dos funcionários municipais de Gravataí, que teve início na sexta-feira passada, em adesão ao movimento dos professores, paralisados há 14 dias, está prejudicando o acesso a serviços básicos. Pega de surpresa com a paralisação, a cozinheira aposentada Maria Machado, 61 anos, não conseguiu sequer verificar a pressão na Unidade Básica de Saúde do Bairro Cohab A, procedimento que precisa fazer uma vez por semana devido à hipertensão.

Ontem, por volta das 11h, os pacientes foram surpreendidos com o aviso de que seriam feitas apenas vacinas no local e atendidas as consultas já marcadas. A dona de casa Naida Rejane dos Santos, 36 anos, precisava marcar exames de glicose e uma ecografia para o filho e saiu de mãos abanando:

-Fechou de uma hora para outra. Hoje consultei às 7h e tinha médico, agora (11h), não mais. Não estou entendendo o que está acontecendo.

De braços cruzados
De acordo com a Prefeitura, seis unidades de saúde, de um total de 26, estão com atendimento prejudicado.

O Pronto Atendimento Municipal 24 horas também está com os serviços comprometidos. A orientação do governo é de que a população busque atendimento no Hospital Dom João Becker, com o qual mantém convênio.

Porém, com a deficiência no atendimento das unidades, o local tem registrado movimento intenso nos últimos dias. Na manhã de ontem, a recepção da emergência estava lotada. O metalúrgico aposentado Delmar Stoelben trouxe o neto Lorenzo Bilhalva, um ano, com sintomas de bronqueolite e pneumonia, e aguardou mais de duas horas por atendimento:

-Um manda para o outro. É um empurra-empurra.

Além de estar com o posto de saúde funcionando a passos de tartaruga, o Bairro Cohab A está com a Escola Municipal de Ensino Médio Santa Rita de Cássia, de portas fechadas. Prefeitura e Sindicato dos Trabalhados em Educação Pública de Gravataí divergem sobre o número de colégios afetados. Segundo a prefeitura, 11 das 77 escolas estão fechadas. Já o sindicato afirma que apenas três funcionam normalmente e 52 estão fechadas.

A negociação
A prefeitura propõe ao funcionalismo aumento de 5,81% em duas parcelas. A categoria fez uma contraproposta, com a reposição da inflação de forma integral (5,81%) e o parcelamento do índice de 4% de aumento em duas parcelas. A prefeitura não aceitou. Hoje, os municipários tentarão marcar uma nova rodada de negociações.


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