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Corrente ou cardã: entenda o que faz a sua moto se mexer

Na hora de escolher uma moto para comprar, um dos itens a serem observados pelos comprador é o modo de transmissão. Confira abaixo um resumo dos dois sistemas e, ainda, da velha correia de borracha, que resiste em veículos custom

09/07/2014 - 08h01min

Atualizada em: 09/07/2014 - 08h01min


Correia é o modo mais comum de transmissão

Simples, bom e barato

Com certeza, é o modo mais comum de transmissão. E a engenharia não poderia ser mais simples: duas engrenagens dentadas de metal ligadas por uma corrente. Essas engrenagens, construídas em aço ou alumínio, se diferem na quantidade de dentes e em seu diâmetro. Na parte da frente, se o encontra o menor deles, o pinhão, que transmite a rotação do motor.
Assim que ele gira, faz a corrente andar e, assim, girar também a engrenagem na parte traseira, cuja força faz a roda de trás tracionar. O tamanho da coroa e do pinhão dizem para qual destino a moto foi feita. Quanto maior a coroa, menos giro e mais torque a moto terá. É a configuração usada pelas trail, por exemplo. Corrente, pinhão e coroa formam o kit de transmissão (relação) da moto, que nos modelos mais básicos custa menos de R$ 50.
O sistema equipa praticamente 90% dos modelos vendidos no Brasil, devido à sua facilidade de produção e preço baixo. mas não são só motos baratas que usam este tipo de transmissão: poderosos modelos esportivos, inclusive os de corrida, usam corrente, pois garante menor perda de potência.
O sistema costuma durar até 40 mil quilômetros, desde que haja uma manutenção adequada. É imprescindível lubrificar a corrente (com óleo específico) ao menos a cada 100km - e sempre que a moto encarar chuvas ou poças d'água.

Para nunca mais se incomodar

Herdada dos automóveis nos anos 80, o sistema equipe modelos mais luxuosos, como as motos touring de alta cilindrada. O sistema consiste em um eixo que recebe a potência na caixa de câmbio e vai até a roda traseira. Ele transmite a força através de engrenagens. O sistema exige mais do motor e, por isso, mesmo nos cardãs mais moderno, a perda de potência é de pelo menos 10%. Além disso, como é mais complexo, acaba elevando consideravelmente o preço do veículo.
Mas, por ser praticamente livre de manutenção, é o preferido pela maioria dos viajantes aventureiros. Mesmo após centenas de milhares de quilômetros, dificilmente apresenta problema. Mas, em caso de pneu furado, é preciso paciência, pois a é preciso retirar a roda traseira, tarefa que nem todo borracheiro sabe fazer em uma moto. Há relatos de profissionais que, na tentativa de consertar o pneu, danificaram o cardã.



Foto: Cynthia Vanzella, Agência RBS

CORRENTE
Prós

Baixo custo de aquisição/manutenção

Facilidade na manutenção

Baixa perda de potência


Contra
Baixa durabilidade

Necessidade de manutenção quase diária

Alto nível de ruído

Acúmulo de sujeira

CARDÃ

Prós
Livre de manutenção

Baixo índice de ruído

Suavidade do sistema

Altíssima durabilidade

Contras
Custo

Perda de potência

Dificuldade para troca de pneu

Tem ainda as correias

Um sistema bem conhecido para donos de Harley -Davidson é a correia dentada. O funcionamento é parecido com a corrente. A diferença é que troca-se o metal da coroa e do pinhão por polias, e a correia é feita de um tipo de borracha de alta resistência - algumas são de materiais mais nobres, como kevlar e fibra de carbono. A durabilidade é o grande ganho deste tipo de transmissão, que pode durar mais de 100 mil km.
O sistema praticamente não gera ruído e não necessita de lubrificação. O grande problema é que a correia perde eficiência quando muito aquecida e não permite alto desempenho - em relação à corrente, a moto perde cerca de 15% de potência.


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