Notícias



Opinião

Antônio Carlos Macedo: RS-118 é um símbolo da falência financeira do Rio Grande do Sul

29/01/2015 - 07h04min

Atualizada em: 29/01/2015 - 07h04min


Mateus Bruxel / Agencia RBS
Macedo: "Famosa pelos buracos, a RS-118 só tem feito a alegria dos borracheiros e mecânicos"

Rodovia dos buracos

Considero a RS-118 um símbolo da falência financeira do Rio Grande do Sul. A rodovia, de grande importância para a Região Metropolitana, tem apenas 40 quilômetros de extensão. Começa em Sapucaia do Sul e chega a Viamão, passando por Esteio, Canoas Cachoeirinha e Gravataí. O ponto mais movimentado, unindo a BR-116 à Free-Way, tem somente 22 quilômetros. Além de garantir a interligação entre os municípios que atravessa, a estrada encurta o caminho entre o Vale do Sinos e a saída para Santa Catarina e o centro do país via BR 101. Sua duplicação, no entanto, se arrasta há anos. Por motivos variados, que vão da falta de recursos à dificuldade para remover famílias instaladas na faixa de domínio, as obras ainda não foram finalizadas. Famosa pelos buracos, a RS-118 só tem feito a alegria dos borracheiros e mecânicos, que faturam alto com o conserto de pneus furados e suspensões quebradas. A promessa de uma nova realidade surgiu ainda no governo de Olívio Dutra, que lançou o edital para o projeto de duplicação. Desde então, Rigotto, Yeda e Tarso passaram pelo Piratini sem finalizar a reforma.

Comerciante protesta

O serviço avançou na gestão Tarso Genro, mas ainda há muito o que fazer. No entanto, com o novo governo empenhado em cortar gastos, os usuários temem que a empreitada pare de novo. Testemunha dessa verdadeira novela, o comerciante Jorge Gilberto de Moraes gastou R$ 2,2 mil para instalar um outdoor cobrando o término da reforma. "Governador Sartori, atenção para a maldição da RS-118: nenhum governador se reelege enquanto a obra não for concluída", diz o painel que ficará em exposição até o final de fevereiro. Ele justifica que é sua maneira de protestar e colaborar com a sociedade. Morador de Gravataí, Moraes usa a estrada para chegar ao trabalho em Porto Alegre. A buraqueira deu fama à rodovia, mas o principal lamento do comerciante diz respeito a um amigo morto em acidente de carro no trecho. O que deixa pendente uma pergunta: quantas tragédias ainda terão que acontecer para que a duplicação seja concluída e a RS-118 passe a oferecer mais conforto e segurança aos motoristas? Com a palavra, o governador José Ivo Sartori.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias