Zona Sul
Há cerca de 15 dias moradores do Bairro Vila Nova, na Capital, sofrem com a falta de água
Sucessão de vazamentos na Rua Rodrigues da Fonseca seria o motivo para o desabastecimento
Há cerca de duas semanas os moradores do Bairro Vila Nova, Zona Sul da Capital, sofrem com a falta de água constante na região.
De acordo com o cobrador de ônibus Carlos Rodrigo da Silva, 32 anos, o fornecimento é reestabelecido por volta da meia noite e se mantém normal até, aproximadamente, oito horas da manhã.
- Depois das oito, a torneira seca. - garante o morador da Rua Coronel Frederico Carlos Gomes.
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Carlos relata que ao ligar para o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) foi informado que havia um conserto na Rua Rodrigues da Fonseca, pois, ao trocar um poste, funcionários da Ceee romperam um cano.
- O problema aconteceu semana passada e ainda ouço essa explicação. Todo ano tem um conserto ou outro. Até quando? - questiona.
O que mais incomoda o taxista Márcio Daniel Bergman, 30 anos, é a falta de aviso.
- Somos pegos de surpresa, o Dmae não informa quando vai faltar água e quando ligo para eles, não sabem o motivo.
Sem água, sem trabalho
Márcio conta que além de trabalhar como taxista possui um trailer de cachorro-quente e que não pode trabalhar quando não tem água.
- Tenho prejuízo sempre que falta água, porque não posso abrir o trailer e como eles não avisam, não consigo me organizar.
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Já o comerciário Gilson dos Santos Junior, 36 anos, teme que as interrupções continuem pois a Ceee continua trocando postes na região.
- Conversei com um funcionário da companhia de energia e ele me disse que a empresa não sabe onde ficam os canos. Deveria ter alguém do Dmae junto para orientar - acredita o morador da Estrada Cristiano Kraemer.
Ele também afirma que conserto realizado na Rua Rodrigues da Fonseca continua com o buraco aberto e como choveu na madrugada dessa quinta-feira, 26, está coberto.
- Alguém pode cair, se machucar e ainda quebrar o cano novamente. - assegura.
Dmae explica os motivos para a falta d'água
De acordo com a assessoria de imprensa do departamento, a razão para o desabatecimento seria uma sucessão de vazamentos, às vezes no mesmo ponto em que o Dmae havia consertado, desde a quinta-feira passada, 19.
O Dmae destaca que na Avenida Rodrigues da Fonseca, 1840, a rede é antiga, da década de 50, e o material (fibrocimento) está fragilizado pelo tempo e pelo uso. Além disso, nesse ponto da avenida há uma árvore e as raízes estão envolvendo a rede.
No entanto, o Dmae já está em tratativas internas para troca da rede de abastecimento.