Notícias



Opinião

Antônio Carlos Macedo: Boataria criminosa

Colunista do Diário Gaúcho escreve sobre a onda de boatos que circulou nesta quinta-feira nas redes sociais

12/03/2015 - 18h33min

Atualizada em: 12/03/2015 - 18h33min


O momento de tensão política vivido pelo Brasil serve de terreno fértil para a disseminação de boatos criminosos, que buscar instalar pânico entre as pessoas. Nesta quinta-feira, nossa redação recebeu vários telefonemas de leitores assustados com mensagens de áudio que receberam via WhatsApp. Nelas, desconhecidos recomendam armazenar comida e combustível porque o caos será instalado no país. "Na floresta amazônica, descobriram guerrilheiros com 20 mil armas", diz a voz de uma mulher. "Se eles tem isso lá, imaginem o resto", acrescentou, justificando que foi avisada por uma amiga que tem um tio que é tenente da inteligência do Exército. Suas "informações privilegiadas" também apontariam para um possível confisco da poupança. Em outra dessas mensagens, um homem com sotaque carioca se identifica como o ex-soldado Carvalhal, agora sargento Ferreira. Ele também recomenda guardar mantimentos para se garantir diante uma intervenção federal apoiada por "países vizinhos a favor do comunismo que desejam implantar no Brasil". Segundo ele, "tropas inimigas" já estariam aquarteladas em território nacional.

Leia outras colunas de Antônio Carlos Macedo

Amigos, por favor, não se deixem enganar. É tudo mentira. Invenção de irresponsáveis interessados apenas em gerar medo e instabilidade. Coisa de incendiário disposto a ver o circo pegar fogo. Não acredite nesse tipo de coisa. Não há motivos para estocar comida ou combustível. Não há razão para tirar dinheiro do banco. Mantenha a calma e ignore a boataria. Continua agindo normalmente. Na dúvida, procure orientação apenas em fontes de reconhecida credibilidade. E, por favor, evite repassar essas bobagens para parentes e amigos. Não sirva de inocente útil para cretinos. É tudo o que eles desejam.

Leia outras notícias do dia


MAIS SOBRE

Últimas Notícias