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Emprego com carteira assinada tem pior desempenho para fevereiro em 16 anos

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país fechou 2.415 vagas de emprego formal no mês passado

18/03/2015 - 16h05min

Atualizada em: 18/03/2015 - 16h05min


O número de trabalhadores demitidos em fevereiro superou o de admitidos, em 2.415 vagas. O resultado é o pior para o mês, desde fevereiro de 1999, quando foi registrado um saldo negativo de 78.030 empregos.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgado nesta quarta-feira, 18 de março, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

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O resultado decorre da diferença entre as 1.646.703 admissões e as 1.649.118 demissões registradas no mês. Em janeiro de 2015, o saldo negativo foi ainda maior: 81.774 postos de trabalho. Em fevereiro de 2014, o saldo foi positivo em 260.823 vagas.

Com isso, no acumulado do ano a queda de postos de trabalho equivale a 80.732 postos e, nos últimos 12 meses, a redução corresponde a 47.228 empregos. Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, apesar de o resultado ter sido negativo, há um indicativo positivo:

- Ele demonstra uma estabilização em relação ao resultado obtido em janeiro.

Os setores que mais influenciaram a queda do emprego em fevereiro foram o comércio, com uma diminuição de 30.354 vagas na comparação com o mês anterior, e a construção civil, com uma queda de 25.823 postos.

- Por outro lado, tivemos uma recuperação na área de serviços (com 52.261 vagas criadas). No caso do setor de construção civil, os empregos são por prazo determinado e, no fim do ano, tivemos o término de muitos desses contratos - acrescentou Manoel Dias.

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De acordo com o Caged, a indústria da transformação apresentou saldo positivo de 2.001 vagas. No setor, os destaque ficaram com a indústria de calçados, com a geração de 5.401 vagas e de produtos alimentícios, que apresentou saldo positivo de 2.329 postos de trabalho.

Rio de Janeiro foi o Estado que apresentou maior perda de emprego no mês, com déficit de 11.101 postos de trabalho. O segundo Estado com pior resultado foi Pernambuco, com uma queda de 10.660 postos de trabalho.

Santa Catarina e Paraná foram os estados que registraram os melhores resultados, com a criação de 12.108 e 8.574 postos de trabalho, respectivamente.

* Agência Brasil


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