Independentemente de qualquer consideração política, um fato é inegável: o domingo, 15 de março de 2015, vai ficar na história. Assim como ocorreu em 2013, o gigante acordou. Talvez meio confuso, como da outra vez. Mas, de novo, levou às ruas do país uma gigantesca mensagem de descontentamento.

Vestidos de verde e amarelo, os "coxinhas" mostraram seu desagrado com a presidente, com o escândalo da Petrobras, com a corrupção. Claro, houve quem pedisse intervenção militar, defendesse aquela turma de 64 e outras incoerências.

Mas o importante é que os "coxinhas" saíram às ruas, se manifestaram. Exatamente como fez, há um ano e meio, a turma que ontem torceu o nariz para as manifestações.

Sem violência

E é isso que deve também entrar para a história. Não importa se de esquerda, direita ou centro. O direito de se expressar, de sair para a rua em defesa do que se acredita, é um apanágio dos países democráticos. E, principalmente, de maneira pacífica.

Na Capital, houve quem, com bom humor, protestasse contra o protesto, com um  coxinhaço". É assim que se faz. Fora alguns incidentes isolados, pois sempre há imbecis em qualquer grupo, não houve confronto entre "coxinhas" e petistas, como temiam muitos. É isso, sim, mostra também maturidade democrática.