Sexo e saúde
Pesquisa revela que 59% dos brasileiros falham na cama
Estudo realizado com homens de todo o país mostra que a impotência sexual é mais comum que se imagina.
A pesquisa De Volta ao Controle, da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), feita em todas as regiões do País, com pessoas entre 40 e 69 anos, mostrou que 59% dos homens assumem que já tiveram ou têm algum problema de ereção durante o ato sexual - desses, 12% convivem com a dificuldade de forma recorrente.
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E os parceiros confirmam a estatística, sendo que 54% disseram que já passaram pela experiência de, ao menos uma vez, o companheiro fracassar na hora H. Quanto maior a idade, maior a probabilidade. E mais: 71% dos homens com mais de 60 anos ouvidos admitem já ter apresentado ou apresentar episódios de impotência.
O tão temido clichê também é posto em cheque pelos números recolhidos da amostra da população ouvida no que se refere à frequência. Mais de uma falha de ereção mensal é a realidade de 19% dos casais. Dados da pesquisa revelam ainda que a dificuldade é muito mais comum do que se imagina: metade dos homens entrevistados afirmaram que, ao menos uma vez a cada seis meses, têm problema em sustentar uma relação sexual.
A recorrência, segundo o levantamento, igualmente tende a ser mais comum com o aumento da idade. Quase um terço dos homens com mais de 60 anos entrevistados assumiu mais de um episódio mensal de falha de ereção. Esse número cai para 19% e 9% nas faixas entre 50 e 59 e 40 e 49 anos, respectivamente. Uma curiosidade é que a dificuldade não deixa de ser uma realidade entre os homens mais novos ouvidos durante as entrevistas - quase metade convive com o problema ao menos uma vez a cada seis meses.
O desconforto que cerca o assunto não é em vão. De acordo com os dados levantados pela pesquisa, o problema parece refletir na segurança e na confiança de homens e de mulheres. Aproximadamente 30% dos homens não sabem, deixariam ou talvez deixariam de ter relação sexual por medo de falhar. Preocupação que é maior para os companheiros, 48% temem a repercussão da falha de ereção.
Apesar disso, os parceiros tendem a esperar um pouco mais antes de estimular o homem a procurar um médico. Por sua vez, 37% deles buscariam um profissional de saúde logo após a primeira ou a segunda falha de ereção. E, embora não se tenha dúvida de que o urologista é o especialista mais indicado para tratar o problema, como o levantamento aponta em quase 80% das respostas colhidas, a maioria dos entrevistados não tem conhecimento dos diferentes graus de disfunção erétil, que é a dificuldade de o homem apresentar ou sustentar uma ereção satisfatória para manter uma relação sexual.