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Seu problema é nosso!

Remoção de carros abandonados, em Porto Alegre, é coisa demorada

EPTC explica como proceder para solicitar a retirada de automóveis

30/03/2015 - 07h01min

Atualizada em: 30/03/2015 - 07h01min


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Leitor - DG / Arquivo Pessoal

Desde agosto de 2014, a promotora de vendas Juliana Rodrigues Ferreira, 36 anos, aguarda a remoção de dois carros abandonados em frente ao prédio onde mora na Rua Veranópolis, 830, no Bairro Passo D'Areia, em Porto Alegre.

- Em 21 de agosto, entrei em contato com a EPTC e abri o protocolo número 81.424. Eles me deram o prazo de 90 dias para resolver o problema, porque teriam que notificar os donos.

Já passado mais de 210 dias, a questão ainda não foi solucionada. A moradora da Zona Norte conta que algumas pessoas usam os automóveis como abrigo, principalmente à noite. 


Foto: Leitor DG / Arquivo Pessoal

- Moradores de rua e usuários de drogas se escondem nos carros. Está perigoso. Tenho medo de deixar meu filho, de 11 anos, ir até o mercadinho da esquina sozinho - diz.

Além da sensação de insegurança, os carros abandonados trazem dificuldades aos moradores dos arredores, pois a rua é estreita e de mão dupla. Juliana conta que para dois veículos transitarem em lados opostos, é necessário que um pare e espere o outro passar.

- Se os dois carros tentarem passar ao mesmo tempo, acontecerá um acidente - acredita, acrescentando que em seu último contato com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), foi dito que não haveria lugar nos depósitos para colocarem os veículos.

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O coordenador do Centro de Controle da EPTC, Paulo Ramires, informa que o primeiro protocolo aberto junto ao órgão foi no final de dezembro de 2014 e que ambos estão aguardando a segunda vistoria, mas não há prazo para o procedimento.

EPTC explica procedimentos

Sempre que um carro estiver em situação de abandono é preciso comunicar a EPTC pelos telefones 118 ou 156, e assim, é aberto um protocolo.

Recebida a reclamação, fiscais da empresa vão até o local e fazem uma primeira vistoria para verificar se há características de abandono, por exemplo, vidros quebrados, portas danificadas, ou sinais evidentes de que há pessoas morando nos automóveis.

Confirmado o abandono, um formulário é preenchido pelo fiscal, e é preciso aguardar 30 dias.

Passado o prazo, o carro recebe nova vistoria e um adesivo informando ao dono que ele será notificado e tem o prazo de dez dias para remover o veículo do local.

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Passado os dez dias, é enviada uma notificação pelos Correios ao proprietário do automóvel.

Paulo ressalta de depois de enviado o documento, é preciso aguardar um relatório de entrega encaminhado pelos Correios para a EPTC e que essa parte do processo pode demorar.

Só depois é que o carro é recolhido e levado para um depósito, caso não tenha sido removido pelo proprietário.

No entanto, segundo Paulo, na grande maioria dos casos, o adesivo surte efeito e os carros são retirados.

Mesmo que o veículo não tenha placa é possível identificar o proprietário, mas quando não é possível, a EPTC entra em contato com o DMLU, que faz a remoção.

Se o carro está estacionado em local proibido, ele é recolhido imediatamente.

Em números

Desde o início de 2013, quando a lei 10.837/2010 passou a funcionar, a EPTC recebeu 1.058 registros de carros em situação de abandonado por toda a Capital, de acordo com o coordenador do centro de controle, Paulo Ramires.

Destes, 67 foram recolhidos para os depósitos do órgão.
581 veículos foram retirados do local pelos proprietários na primeira notificação, quando o carro recebe um adesivo informando que precisa ser removido.

Os demais 410 ainda estão no aguardo de algum dos procedimentos realizados antes de serem recolhidos.


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