Opinião
Sérgio Zambiasi: telefone, álcool e direção não combinam
Colunista do Diário Gaúcha fala sobre o perigo de beber, falar ao celular e dirigir
Meus trajetos no trânsito normalmente são pequenos e, talvez por essa razão, não atendo chamadas telefônicas quando estou ao volante. Nesta quinta-feira, vendo o noticiário da RBS TV, fiquei ainda mais convicto da minha atitude.
Era madrugada de quinta-feira na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Uma garota de apenas 21 anos, estudante de direito, morreu depois de colidir seu carro contra um poste. A razão da tragédia? Ela conversava com amigos em um grupo de WhatsApp no momento do acidente. Em seu telefone ficaram gravadas as últimas mensagens: "Pode morrer beba? kkk!", e a resposta de uma amiga: "morra não! Term que aproveitar um pouquinho mais". Não sei se ela teve tempo de ler. A colisão foi tão violenta que os bombeiros tiveram que cortar o teto do carro para retirar seu corpo sem vida.
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Momentos antes ela bebia com amigos num bar da orla. Se direção e celular não combinam, imagine acrescentar mais um ingrediente fatal, o álcool. Falar ao telefone enquanto dirige pode aumentar em 400 por cento o risco de um acidente. Um veículo a 40 por hora, percorre 30 metros em 3 segundos. Qualquer desatenção pode ser mortal.
Já existe um aplicativo chamado Mãos no Volante, mas que só funciona nos sistema Operacional Android. As pessoas que ligarem recebem uma mensagem informando que o destinatário está dirigindo e que só poderá checar os telefonemas não atendidos ao final da viagem. É um bom começo. Até amanhã, com a graça de Deus.
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