A prefeitura de Esteio adotou uma elogiável medida preventiva: está fazendo um minucioso levantamento dos postes de madeira que podem oferecer riscos à população. Técnicos municipais estão identificando estruturas que estejam inclinadas, podres, com rachaduras, fora de uso ou com excesso de fios.

De posse do resultado, o município vai notificar a AES Sul, concessionária responsável pela rede de energia elétrica, para que substitua imediatamente os postes comprometidos. A iniciativa inverte a lógica predominante, pela qual as trocas só são providenciadas depois de algum acidente. Temos aí um bom exemplo para ser seguido pelos demais municípios da Grande Porto Alegre, já que todos enfrentam ameaças semelhantes. Como ensina a sabedoria popular, é melhor prevenir do que remediar.

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Duas décadas

Estimativa inicial da prefeitura de Esteio aponta que mais de 50% dos postes existentes na cidade ainda são de madeira. Não se trata de exceção: na maioria das cidades, é assim. O Rio Grande do Sul ainda tem cerca de 1,8 milhão de postes de madeira na rede elétrica. Se as concessionárias não forem pressionadas a agilizar o ritmo de substituição, o estado vai levar duas décadas para que todos as estruturas sejam de concreto, material mais resistente às intempéries, especialmente aos temporais. Em pleno século 21, diante de toda a tecnologia existente, não dá para aceitar tamanho atraso em serviço tão essencial para a sociedade. Não é tudo, mas ajuda a explicar porque qualquer ventania mais forte deixa tanta gente sem luz.

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