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Antônio Carlos Macedo: Porto Alegre não precisa de telemulta

Para colunista, lugar de azulzinho é na rua, e não aplicando multas à distância

25/06/2015 - 07h04min

Atualizada em: 25/06/2015 - 07h04min


Ivo Gonçalves / PMPA

Sempre achei que motorista infrator deve ser multado. E que basta andar na linha, respeitando as regras previstas no Código de Trânsito Brasileiro, para levar à falência uma eventual "indústria da multa". Mas discordo da decisão da EPTC de usar câmeras de monitoramento para aplicar notificações de trânsito em Porto Alegre. Como explica o site oficial da empresa, ela foi criada "visando regular e fiscalizar as atividades relacionadas com o trânsito e os transportes da cidade".

Como a EPTC vai usar câmeras para multar nas ruas de Porto Alegre

Se deixar fiscais na frente de monitores, usando imagens para multar à distância, aplicará centenas de multas e encherá os cofres de dinheiro, mas deixará de cumprir com a primeira e essencial parte de sua missão, que é gerenciar a circulação e assegurar um mínimo razoável de mobilidade nas ruas e avenidas da Capital.

Nesse sentido, os azuizinhos precisam estar onde raramente são vistos: nos pontos mais movimentados do trânsito de Porto Alegre, especialmente nos horários de pico e nas emergências, para fiscalizar pessoalmente a ação dos motoristas e tomar as medidas capazes de reduzir os congestionamentos. Providências que, obviamente, incluem multar os condutores que teimam em cometer infrações ao volante.

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Fiscais nas ruas

Além de notificar os transgressores, a presença física da fiscalização ajudará a prevenir muitas das infrações que comprometem a fluidez do tráfego de veículos. Sem contar a capacidade de intervir com maior rapidez na solução dos problemas. A exemplo do que acontece na área da segurança pública, as câmeras de controle do trânsito devem ser usadas no monitoramento da situação, indicando os pontos que exigem fiscalização mais intensa e imediata.

Multar pela televisão, em sala com ar-condicionado, protegida das intempéries, certamente será mais fácil e confortável. Mas ajudará muito pouco na construção de um trânsito menos trancado e estressante para o porto-alegrense. Serviço de telemulta, não! Que o presidente Vanderlei Capellari reveja os planos da EPTC e trate de colocar mais fiscais nas ruas. É disso que Porto Alegre precisa.

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