Seu problema é nosso
Em Guaíba, o que era para ser uma creche virou tormento para os moradores
Obra parada e local aberto causam insegurança aos vizinhos
O abandono da obra da creche do projeto Proinfância no Bairro Pedras Brancas, em Guaíba, virou motivo de preocupação para a comunidade. A principal reclamação dos moradores do entorno não é a falta de vagas para educação infantil, mas sim, a segurança. Desde que a obra localizada na Rua José Carlos Ferreira, 437, parou, no início do ano, o local continua aberto.
Charles da Silva Machado, 25 anos, que trabalha como porteiro nas proximidades, diz que entrou em contato com a prefeitura questionando sobre a possibilidade de cercamento da área, mas não obteve resposta:
- Às vezes até vem alguém da prefeitura aí, mas a obra parou e o local ficou perigoso porque tem crianças que brincam ali e há marginais depredando, levando paredes e outros materiais da construção. É, no mínimo, um desperdício de dinheiro público.
Placa prometia conclusão da obra em novembro de 2014. Foto: Arquivo Pessoal
Materiais
No local, parte da estrutura do prédio está levantada, há paredes escoradas, ferros soltos, tijolos, pedras, esquadrias de alumínio, entre outros materiais. A construção estava parada desde o começo do ano. Até então, não havia previsão de retomada. O término da obra foi inicialmente estimado para novembro do ano passado, e o investimento previsto é de R$ 1,4 milhão.
O projeto do governo federal integra o Programa Brasil Carinhoso, e previa a construção de cinco escolas infantis no município em 2014. Das cinco, uma ficou
pronta.
Prefeitura promete concluir em setembro
Procurada pelo Diário Gaúcho na quinta-feira, a prefeitura de Guaíba informou que a obra havia sido retomada a partir daquele dia, depois de três meses de abandono. A nova data de entrega também foi divulgada: 12 de setembro deste ano.
O engenheiro Feliphe Teixeira Sinhorelli, responsável pela fiscalização das obras das creches do Proinfância, informou que a prefeitura vai reorganizar os materiais e fazer um muro para fechar o terreno para dar proteção ao canteiro de obras, evitando acidentes, roubos de materiais e tráfego de pessoas que não pertencem ao local.