Seu problema é nosso
Cirurgia não era necessária para menino de Cachoeirinha
Samuel Victor Ferreira Klein, oito anos, aguardava há dois meses pela operação no SUS

Chega ao fim a saga de Samuel Victor Ferreira Klein, oito anos, de Cachoeirinha, que tentava conseguir uma cirurgia pelo Sus, há dois meses, após quebrar o braço esquerdo em dois lugares.
O menino passou por uma nova avaliação na tarde desta quinta-feira, dia 23, desta vez, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), e um médico confirmou para a mãe, Ana Bressan, o que já era previsto:
- Ele me disse que a fratura tinha consolidado e que não seria possível fazer a cirurgia.
Sem operação
Para a surpresa da mãe, o médico informou que Samuel nem precisaria passar por uma cirurgia, em razão do tipo de fratura, e ainda liberou o menino do uso de gesso.
- É triste pensar que ele poderia ter sido operado sem necessidade - lamenta.
Ana estava correndo, de um lado para o outro, desde o dia 22 de maio, quando o filho quebrou o braço. Samuel foi encaminhado para ser operado no Hospital de Viamão, mas a cirurgia foi desmarcada duas vezes, porque não há UTI infantil no hospital, necessária em caso de algum problema durante a operação.
Procedimento
O chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do HCPA, Carlos Alberto Souza Macedo, explica que existem dois tipos de procedimentos que podem ser realizados, dependendo da gravidade da fratura. Um deles é o tratamento conservador, realizado apenas com a colocação de gesso. O outro, seria a cirurgia.
- É quase um crime operar esse tipo de fratura em uma criança de oito anos. No caso dele, colocar um gesso bem modelado seria o suficiente - afirma.