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Seu problema é nosso

Situação de Samuel volta à estaca zero. Cirurgia não foi feita por falta de UTI pediátrica

Segundo médico anestesista, Hospital de Viamão não possui UTI infantil

02/07/2015 - 10h43min

Atualizada em: 02/07/2015 - 10h43min


Luiz Armando Vaz / Agencia RBS

Estava tudo certo para que o menino Samuel Victor Ferreira Klein, oito anos, que está com o braço esquerdo quebrado em duas partes, fizesse a cirurgia na sexta-feira, dia 26, no Hospital de Viamão. No dia marcado, uma decisão do médico anestesista fez a situação do menino de Cachoeirinha voltar à estaca
zero.

A justificativa do anestesista é que o hospital não tem UTI infantil, que seria necessária caso houvesse alguma complicação.  

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- O médico não quis colocar em risco a vida do Samuel caso houvesse algum problema com a anestesia, embora ele não seja alérgico. Foi precaução. Um risco que ele não quis assumir e eu entendo. O problema é que não sei quanto tempo mais teremos que esperar - explica a mãe, Ana Vitória Bressan Ferreira.

Novo encaminhamento

O Hospital de Viamão chamou Samuel e Ana na manhã de terça-feira para nova consulta. Eles saíram de lá com duas possibilidades: um encaminhamento para levar na Secretaria Municipal da Saúde de Cachoeirinha recomendando, via Secretaria Estadual da Saúde, a necessidade urgente de cirurgia em outro hospital público com condições de fazer esse tipo de procedimento, e a promessa de que o Hospital de Viamão está em busca de outro médico anestesista que aceite a realizar a cirurgia no local. O Hospital de Viamão é a referência em traumatologia para a população de Cachoeirinha.

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Ana não perdeu tempo. Assim que saiu do hospital, entregou o encaminhamento pedindo urgência para uma nova cirurgia na Secretaria da Saúde de Cachoeirinha que, por sua vez, fez a inclusão do pedido na Central de Regulação da Secretaria da Saúde do Estado pedindo urgência para o caso.

Espera por cirurgia há mais de 40 dias

Samuel quebrou o braço brincando, no dia 22 de maio, exatos 41 dias. Ativo como qualquer guri da sua idade, mesmo com o incômodo das dores e do gesso, ele não para. Brinca com dois os irmãos mais novos, vai à escola, tenta mexer no computador e não aceita ajuda:

- Ele quer fazer tudo sozinho e temos que ficar de olho. No final da semana passada quebrou o gesso brincando na rua. Tivemos que recolocar. Mas a gente sabe que é difícil lidar com a paciência, com a parte emocional, fora a preocupação da urgência em resolver logo para que ele não fique com sequela no braço - diz Ana.

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