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Macedo sobre os taxistas: "a classe costuma torcer o nariz para a crítica, ignorando que ela é construtiva"

Colunista defende comportamento comportamento prestativo e cordial dos condutores

13/08/2015 - 07h05min

Atualizada em: 13/08/2015 - 07h05min


Por necessidade de trabalho, tenho usado mais o táxi em Porto Alegre. Na maioria das viagens, observo comportamento prestativo, discreto e cortês dos condutores. Alguns, no entanto, insistem com atitudes inadequadas, que servem apenas para comprometer sua imagem profissional. Dias atrás, por exemplo, um deles passou a corrida inteira proferindo cantadas grosseiras para as mulheres que surgiam no caminho.

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Outro ficou o tempo todo usando o radiocomunicador para brincar com os colegas de frequência, numa zoeira barulhenta e desrespeitosa com o passageiro. Sem contar os estressados, que, entre freadas e manobras bruscas, disparam impropérios contra os demais motoristas, motociclistas e até contra companheiros de função.

Mesmo não sendo regra, tais atitudes revelam que a atividade ainda está longe do ideal. E que muito ainda precisa ser feito em busca de um padrão de excelência capaz de estreitar o relacionamento com a população.

Com raras exceções, a classe costuma torcer o nariz para a crítica, ignorando que ela é construtiva e espelha a visão dos clientes sobre o serviço.

Palavra de ordem

Por isso, é digna de registro a posição manifestada pelo presidente da Associação Nacional das Famílias de Taxistas (ANFT), Luís Adriano Mesquita Soares, em visita à Câmara Municipal de Porto Alegre. Realista, ele definiu o serviço de táxi da Capital como primitivo.

E defendeu aperfeiçoamentos: "Temos que inovar para oferecer melhorias ao cliente e, obviamente, para nós, que trabalhamos com isso", afirmou Soares.

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Tem toda a razão. A sociedade está cada vez mais esclarecida e exigente. Em todos os setores, quer serviços de qualidade. Com o táxi, não é diferente. Essa necessidade precisa ser entendida pelos taxistas. Qualificação precisa ser vista como palavra de ordem.

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É a senha para manter a relevância do serviço e enfrentar inovações tecnológicas como o Uber, aplicativo capaz de conectar passageiro com motorista e carro novo em poucos minutos, que logo estará chegando também a Porto Alegre.

Que sirva de alerta a todos, mas especialmente para os permissionários que, em nome do lucro, entregam o táxi para qualquer um, olhando apenas a féria do final do dia.

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