O motorista Anderson Luiz Rodrigues da Silva, 31 anos, caiu de um caminhão-guincho enquanto trabalhava, em Porto Alegre, no dia 27 de agosto, e fraturou um osso do tornozelo esquerdo. Encaminhado ao Hospital Cristo Redentor, onde recebeu os primeiros-socorros, foi orientado a buscar a Secretaria Municipal da Saúde de Alvorada, cidade em que reside, para solicitar uma cirurgia de urgência. A partir daí, começaram os problemas.

- Minha esposa foi até a Secretaria da Saúde e disseram que eu teria que aguardar até me chamarem para uma consulta - conta.

Burocracia

Anderson conseguiu consultar com um médico traumatologista apenas em 25 de setembro - quase um mês depois do acidente. O médico pediu urgência na realização do procedimento sob risco de Anderson ficar com sequelas irreversíveis.

Ao chegar a central de marcação, foi informado que a fila de espera é grande, e que, por isso, não seria possível prever a data da cirurgia. Desde então, não teve mais notícias de quando poderá operar o tornozelo.

- Estou sem trocar esta tala desde o dia em que me acidentei. Estou à base de medicação, tomo três remédios para poder suportar a dor. Dependo do meu pé para poder trabalhar. Sem movimentar meu pé não consigo fazer nada.

Dependente

Motorista há dez anos, ele nunca esteve afastado por motivo de doença, e agora depende da esposa Simone, 33 anos, até para se movimentar dentro de casa.

- Vou da cama para o sofá, não consigo fazer nada.

Prefeitura de Alvorada informa que operação deve ser marcada em breve

A Secretaria Municipal da Saúde de Alvorada confirmou que o prontuário médico de Anderson pede urgência na realização do procedimento. A cirurgia será feita no Hospital Viamão, que é referência em traumatologia para o município. Por meio da Assessoria de Comunicação, a secretaria informou que o procedimento "será feito nos próximos dias". Embora prefira não precisar a data, a secretaria acredita que até semana que vem Anderson deve ser chamado. Antes da operação, ele fará uma consulta pré-cirurgia.