Seu problema é nosso
Comunidade de Porto Alegre sonha com rede de esgoto
Água parada, mau cheiro e mosquitos incomodam os moradores da Vila Amazônia
Há cerca de um ano, moradores da Vila Amazônia, nas proximidades do Sambódromo, em Porto Alegre, esperam a continuidade da instalação de rede de esgoto iniciada pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP). Morador da Rua G, o motorista Agnaldo Luciano Aguiar Moraes, 46 anos, não entende o motivo pelo qual o serviço foi interrompido.
- A prefeitura mandou a equipe, trouxe os canos, mas não fizeram nada e continuamos nessa situação deplorável. O mau cheiro é frequente - reclama.
Problemas
O esgoto toma conta das ruas e tem dificultado o trânsito de veículos e pedestres no local. Agnaldo reclama que, além do mau cheiro, os problemas aumentam em época de temperaturas mais altas.
- Nos dias quentes é impossível aguentar a quantidade de mosquitos. Somos obrigados a ficar com as janelas sempre fechadas. Além disso, as crianças brincam no meio dessa sujeira e correm o risco de pegar doenças - queixa-se o motorista.
Venda
Cansado de esperar pela ajuda do município, Agnaldo colocou a casa à venda para tentar sair da vila.
- Está cada dia pior. Os canos que temos estão entupidos e a quantidade de esgoto vazando só aumenta. Quando eu chego em casa tenho que colocar botas de borracha para descer do carro, pois é impossível caminhar nessa podridão. Não aguento mais - desabafa.
Ele conta ainda que a comunidade até se propôs a pagar pelo material para que a rede fosse finalizada, e o incômodo, resolvido.
DEP não encontrou vestígio de canalização
De acordo com a vistoria da Seção Centro de Conservação do DEP, feita ontem à tarde, foi encontrada apenas uma tubulação cuja medida não confere com as tubulações do departamento. Os funcionários encontraram apenas um resto de entulho de obra que não pertence ao órgão.
Durante esta semana, o departamento fará a reposição de tampas de bocas de lobo e uma limpeza da rede pluvial da rua G. Reclamações referentes a esgoto pluvial devem ser encaminhadas pelo telefone 156, o Fala Cidadão.