Barbárie é o termo adequado para o que Porto Alegre viu acontecer o Bráulio Pelegrini Escobar, 40 anos, motorista do Uber, na tarde de quinta-feira. Nada justifica a covardia de premeditar a agressão como forma de demonstrar força. Que tipo de gente é essa que trama emboscar um motorista desse serviço para bater em público pensando que ninguém veria? Burrice. Todo mundo viu quem estava lá. As gravações correram as redes sociais, assim como todo mundo viu o depoimento do Bráulio com o rosto desfigurado pelos valentes agressores. E Bráulio não foi o primeiro prestador de serviço do Uber agredido em Porto Alegre. Outros dois, anteriormente, foram vítimas da violência e de tentativas de emboscada. Os casos estão registrados na Polícia Civil.

Será que esse tipo de gente pensou bem antes de agir? Me assusta imaginar que sim porque essa atitude configura crime premeditado, homicídio doloso. E esse tipo de gente infiltrada entre os taxistas de Porto Alegre deixa claro pra mim o quanto é preciso qualificar, profissionalizar o serviço de táxis e transporte. Os dois taxistas presos pela agressão ao Bráulio têm antecedentes criminais e estão no Presídio Central.

Independentemente de o Uber estar ou não regulamentado por lei, é inegável que o conceito de qualidade concorre com o que é oferecido por aqui. Se tem passageiros que preferem pegar um carro mais confortável, mais limpo, com ar condicionado funcionando, motorista mais alinhado, é questão de gosto. Qualificar e oportunizar trabalho para mais pessoas é bom e tenho certeza que há demanda pra isso.

O país do jeitinho e da malandragem recebe um novo conceito, que existe em
67 cidades do mundo. Quem sabe os incomodados não tiveram tempo de se organizar para tirar proveito do novo e, por isso, são contra? Se até criminoso mantinha frota de táxi em Porto Alegre, quem vai duvidar?

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