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Seu problema é nosso

Mulher de Alvorada aguarda cirurgia há quatro meses

A demora pode ter origem em algum problema de registro no sistema da Secretaria de Saúde do Estado

18/12/2015 - 08h15min

Atualizada em: 18/12/2015 - 08h21min


Roseli foi obrigada a tirar a tala por conta do inchaço

Acostumada a subir e descer escadas, a dona de casa Roseli Aparecida Torres, 41 anos, caiu e quebrou o pé direito no dia 11 de agosto. Desde então, vem travando uma luta para conseguir realizar uma cirurgia, indicada pelo médico como urgência.

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O primeiro atendimento foi realizado no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. Após os primeiros-socorros e colocação de tala, Roseli foi encaminhada para a Secretaria da Saúde de Alvorada, onde mora, para que os procedimentos seguintes fossem tomados. Foi aí que os problemas começaram.

Urgência

Alvorada não tem hospital que atenda casos de traumatologia. Por isso, a dona de casa foi encaminhada para o Hospital de Viamão, que é referência em traumatologia na região. A primeira consulta de Roseli foi no dia 31 de agosto.

– Eu tive uma fratura interna e, após os exames, o médico disse que eu preciso fazer uma cirurgia urgente. Ele ficou de marcar, eu esperei, esperei, e não me chamaram. No dia 19 de setembro eu voltei ao hospital para uma nova consulta e a necessidade de operação foi reforçada mais uma vez pelo médico. Entretanto, ainda estou esperando – diz.

Inchaço

Por conta da demora em tratar a fratura adequadamente, a situação de Roseli piorou. O que poderia ter sido resolvido rapidamente, se transformou em uma novela sem data para terminar. A dona de casa conta que sente muita dor e que, por causa do calor, foi obrigada a tirar a tala.

– Meu pé começou a inchar muito, não consegui mais usar a tala e estou sem nada agora, somente passando uma pomada para aliviar o sofrimento – desabafa Roseli.

Ela relata, ainda, que tem dificuldades para caminhar, e o apoio de muletas é indispensável.

– Não bastasse eu aguardar há mais de quatro meses, estou tendo gastos, tive que comprar as muletas e remédios – diz, indignada.

Estado não encontrou pedido de cirurgia

A demora na chamada de Roseli para a cirurgia pode ter origem em algum problema de registro no sistema na Secretaria de Saúde do Estado.

A prefeitura de Alvorada informou que os casos de pacientes que precisam de cirurgia ortopédica são regulados pelo Estado, conforme a disponibilidade de leitos.

Os pacientes são encaminhados para o hospital de referência conforme foi feito com Roseli, que consultou com médico especialista no Hospital de Viamão.

Porém, a secretaria estadual informou que não há registro do cadastro da paciente no Sistema de Regulação da Central Ambulatorial do Estado para consulta de especialidade para não-residentes em Porto Alegre.

*Diário Gaúcho

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