Entrevista
Professora de etiqueta dá dicas de educação para melhorar o clima em Brasília
Maria Aparecida Araújo diz que se os políticos se comportassem melhor, "não haveria Lava-Jato"
Este fim de ano tenso na política brasileira está gerando cada situação! Já teve deputado até saindo no tapa para defender sua posição na Conselho - veja bem! - de Ética da Câmara.
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Ainda tivemos deputados trocando "gentilezas" e empurrões e promovendo quebra-quebra de urnas numa sessão na Câmara sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, conduzida por Eduardo Cunha, que sempre costuma colocar ainda mais lenha na fogueira.
Diante de tanta baixaria, a pergunta que resta é: cadê a educação deste povo? Professora de etiqueta, Maria Aparecida Araújo dá algumas dicas para melhorar o clima em Brasília.
Diário Gaúcho - Tem muito político precisando das suas aulas!
Maria Aparecida Araújo - Etiqueta é uma carência mundial. Boas maneiras devem estar presentes na vida de todo mundo e estão muito em falta, não só aqui. A gente tem presenciado gafes horríveis. A própria carta do Michel Temer para a Dilma... Se essas pessoas tivessem aprendido a se comportar, não haveria Lava-Jato.
Diário - Qual seria sua primeira lição a estes deputados que quebraram urnas e trocaram sopapos?
Maria - Eles devem se perguntar: "Como estou sendo visto por aqueles que me puseram aqui?". Se o comportamento deles já os desabona pela televisão, o que o eleitor estará pensando daquele representante que escolheu?
Diário - Há jeito de melhorar a imagem dos políticos brasileiros?
Maria - Acho muito complicado. Você vê que há uma descrença no país em relação a todos os políticos. Se você pedir às pessoas sinônimos para político, vai ver que são os piores possíveis. É possível mudar, mas é um trabalho de dimensões monumentais, para a vida toda. Ouvi uma frase fantástica sobre este assunto. É assim: "Quando você morre, não sabe que está morto. Só quem está em volta de você". É a mesma coisa quando você é grosseiro. Todo mundo ao lado percebe, menos você.