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Ladrão arrependido devolve dinheiro e escreve carta para a vítima em Sapucaia do Sul
Um envelope anônimo endereçado para o "dono do dinheiro" foi deixado na caixa de correios da casa da vítima, no Centro da cidade
O morador de Sapucaiado Sul Flavio Daniel Lassakoski, 45 anos, saía para o trabalho na manhã da última sexta-feira quando foi surpreendido por uma correspondência misteriosa: um envelope branco, sem identificação de remetente, apenas endereçado para "o dono do dinheiro". A carta foi deixada na caixa de correios da casa onde Flavio mora com os pais e as filhas, no Centro da cidade.
Ao abrir o envelope e dar de cara com R$ 700, uma chave e uma carta formada por letras recortadas de jornais e coladas sob uma folha branca, Flávio começou a entender do que se tratava.
"Eu entrei na casa portão estava aberto precisava dinheiro para tratamento de meu filho que é doente hoje minha esposa fez eu devolver o dinheiro e a chave", dizia a carta.
Há duas semanas, ele teve a quantia próxima ao valor devolvido furtado de um balde onde guarda moedas.
– Minha mãe encontrou o envelope e estranhou não ter remetente e estar escrito em letras de jornais. Também achei estranho, mas quando eu li a mensagem logo relacionei com o dinheiro que me roubaram – conta o vendedor.
A poupança, diariamente abastecida por moedas, principalmente de R$ 1, serve para pagar as despesas de final de ano e já tinha sido roubada outra vez, o que fez o vendedor passar a esconder o baldinho de dinheiro embaixo da cama.
O recipiente é tão pesado que uma pessoa teria dificuldade de levantá-lo, e já acumulava cerca de R$ 1 mil.
– Todos os dias, quando chego em casa, largo uma, duas ou até três moedas. Nesse dia, reparei que alguém tinha mexido e que só tinha um terço da quantidade de moedas – lembra Flavio.
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Ele acredita que a mãe tenha deixado a porta destrancada enquanto ia no mercado quando o furto aconteceu, mas não desconfia de ninguém, pois não conhece nenhuma pessoa nas condições descritas na carta. Também contou que a chave devolvida junto com o dinheiro não é de nenhuma das portas da casa.
– Agora vou pegar esse dinheiro, pagar todas as contas e o que sobrar vou colocar no banco. Não vou acumular mais moedas – garante.
Produção: Carolina Lewis
* Diário Gaúcho