O céu mal tinha começado a clarear quando muitos brasileiros já se preparavam para passar o primeiro dia do ano fazendo aquilo que será mais necessário em 2016 para tentar escapar da crise financeira: trabalhar.

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Por conta do aumento do desemprego no Estado, que em um ano passou de 6,3% para 10,2% entre a população economicamente ativa, segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE), os que estão empregados se esforçaram ainda mais para garantir o ganha-pão. Enquanto grande parte da população ainda dormia, depois das festas de Ano-Novo, outra despertava para já começar tudo de novo e correr atrás do dinheiro.

Relembre os fatos marcantes no RS, no Brasil e no mundo em 2015

O alarme na casa dos Santos despertou às 7h30min. Há seis anos, desde que abriram o minimercado Andradas, na rua que leva o mesmo nome, o casal Francisco, 53 anos, e Clarice, 47 anos, dos Santos acorda cedo no dia 1º de janeiro para abrir o comércio, um dos únicos estabelecimentos abertos no Centro de Porto Alegre.

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- Aproveitamos que os supermercados estão fechados para podermos vender mais - comenta Francisco.

O ano em que o Brasil andou para trás

Apesar do lucro das vendas ter caído 50% em 2015, reflexo de um ano de crise, o casal tem fé de que, neste ano, as coisas não sejam tão ruins.

- A crise vai seguir, os preços dos produtos vão aumentar, mas precisamos ter esperança em dias melhores. O que precisávamos mesmo era de um incentivo do governo para os pequenos comerciantes, para conseguirmos continuar nosso trabalho - diz Francisco.

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