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Direto da Redação

Felipe Bortolanza: mal do século, o extremismo

30/03/2016 - 16h19min

Atualizada em: 20/04/2016 - 12h44min


Felipe Bortolanza
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O grande mal que acomete a humanidade neste século não é tratável com remédio, vacina ou cirurgia. Não é palpável, passa imperceptível em qualquer exame de imagem. Nem mesmo o melhor microscópio o percebe. Essa doença fulminante, já disseminada em todos os continentes, em diferentes graus, chama-se extremismo. É um desvio gravíssimo de comportamento, motivado por aguda infecção de fanatismo. Há diversas origens. Atualmente, as mais disseminadas são religiosa, clubística e político-partidária. As três são letais. Vejamos. O Estado Islâmico, por exemplo, é o maior ícone hoje do extremismo religioso. O EI é o grupo radical que usa táticas brutais (atentados, assassinatos, sequestros e decapitações públicas) em nome da lei religiosa islâmica. Este tipo de extremista crê que a salvação do mundo está na multiplicação da morte de inocentes. Inclusive a sua. E quando o fanático tem como Deus maior um clube de futebol, tragédias também acontecem. É comum vermos confrontos entre jovens que se fardam para guerrear com a torcida rival. Aqui no Estado, este absurdo está mais controlado. Em São Paulo, Minas Gerais e Rio, assassinatos no entorno de estádios são frequentes. Este tipo de extremista entende que seu clube é maior do que tudo no mundo. Inclusive sua vida.

A pediatra e o veneno

Por fim, o mais novo tipo de extremismo que assola o Brasil é o político-partidário. Há temor de mortalidade se não for descoberta a fórmula para conter a proliferação. Cérebros mais expostos a doutrinas são afetados e a contaminação costuma ocorrer na forma de virais nas redes sociais – não confundir com o saudável direito da população ir às ruas contra a corrupção. Hoje, o centro da doença é o PT. De um lado, extremistas que odeiam a sigla. De outro, apaixonados que defendem seus ícones. Os dois comportamentos são doentios, ainda que democráticos. E no meio de tudo isso, uma vítima de um ano de idade. Sim, uma criança foi rejeitada por sua pediatra, que se negou a seguir atendendo pelo fato de ele ser filho de petistas. Esse sintoma do extremismo é muito grave. Pode matar. E não me refiro ao menino. Uma conduta repulsiva pode destruir a alma do infectado, inibir o respeito em sua família, corroer a tolerância dentro de seu lar. E a raiva a uma sigla tende a ser veneno para sua própria consciência. Com danos irreversíveis.


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