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Seu problema é nosso

Com apenas 7% de funcionamento do rim esquerdo, moradora de Alvorada aguarda cirurgia há 11 meses

De acordo com a Secretaria da Saúde de Canoas, que administra o hospital da Ulbra, procedimento está marcado para 13 de abril

23/03/2016 - 08h27min

Atualizada em: 23/03/2016 - 08h28min


Há 11 meses, a dona de casa Maria de Lourdes Ferreira Ramos, 61 anos, aguarda uma cirurgia para retirada de pedras no rim esquerdo. A falta de tratamento após uma operação na vesícula causou o problema, que foi diagnosticado há cinco anos. Como o hospital de Alvorada não tem cirurgião especializado em rins, Maria foi transferida, após muita insistência, para o hospital da Ulbra, em Canoas, e foi aí que a luta começou.

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Dor

Depois de realizar todos os exames necessários, entrou com o pedido de cirurgia em maio de 2015, e até o momento não foi chamada. No dia 26 de janeiro deste ano, Maria teve uma nova consulta com um especialista, que avaliou o caso novamente e salientou a urgência em operar o órgão.

– O médico garantiu que eu seria chamada em fevereiro para operar. Estou esperando até agora e nada. Eu ligo toda semana e eles só informam que não há previsão – diz Maria.

A doença impôs limitações no dia a dia da dona de casa. Segundo ela, fazer atividades simples como limpar a casa ou ir ao mercado sozinha, se tornaram impossíveis. Com 93% do rim esquerdo comprometido, as dores são insuportáveis.

– Eu não posso sair de casa, nem carregar uma sacola, porque passo mal, sinto muita dor, vomito, é horrível e constrangedor – desabafa ela.

Além disso, o que mais preocupa Maria é que um dos médicos disse que se as pedras não forem retiradas antes que o quadro se agrave ainda mais, ela pode vir a ter câncer e até colocar em risco outros órgãos do corpo.

– Depender do sistema público de saúde é um caos. Eu não sei mais a quem recorrer, estou com medo – diz Maria.

Cancelamento

Quando ainda se tratava no Hospital de Esteio, também na Região Metropolitana, Maria chegou a ser chamada para cirurgia. Porém, quando estava prestes a entrar na sala de operação, o procedimento foi cancelado por falta de material cirúrgico.

– Em ambos os hospitais fizeram pouco caso da minha situação, é realmente uma vergonha. Eu não sei mais o que fazer – lamenta.

Saúde de Canoas informa procedimento está marcado

A Secretaria da Saúde de Canoas informou que na última consulta de Maria, registrada dia 26 de janeiro, foi constatado que os exames dela estão em dia, além da avaliação clínica e pré-operatória, fundamental para reduzir os riscos do procedimento. Desta forma, o procedimento com o médico urologista está marcado para o dia 13 de abril. A secretaria vai entrar em contato com ela.

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