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Um guia para ajudar animais de rua feridos ou doentes na Região Metropolitana

É possível pedir auxílio para um animal abandonado em estado grave. Mas a demanda é grande e os serviços são limitados.  

31/03/2016 - 09h00min

Atualizada em: 31/03/2016 - 10h40min


Leandro Rodrigues
Leandro Rodrigues
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A partir da metade de abril, 115 animais que vivem entre moradores da Vila Santo André, Bairro Humaitá, na Zona Norte da Capital, serão encaminhados para esterilização na Unidade de Medicina Veterinária da prefeitura.

É apenas o começo, segundo veterinários, de um esforço para reduzir os animais de rua na cidade. O desafio é o mesmo em toda a Região Metropolitana: diminuir essa população sem dono para evitar proliferação de doenças e situações de sofrimento para os animais.

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– Teremos ainda por muito tempo bichos de rua. Foi algo que se empurrou com a barriga por anos. Agora, só existe um caminho efetivo para resolver: realizar esterilizações e promover adoções – diz a veterinária da Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda) Joice Peruzzi.

Com ajuda de protetoras de animais, Seda atendeu bichos no Bairro Humaitá na semana passada.

Com uma população descontrolada, atropelamentos, doenças e mesmo maus-tratos afligem cães e gatos. E, diante dessas cenas, vem a incerteza sobre o que fazer.

O Diário Gaúcho apurou que a maioria das cidades da Região Metropolitana tem serviço de resgate de animais feridos ou doentes. Mas nem pense em ligar somente porque encontrou um cãozinho e ficou com pena de vê-lo na rua.

– Se o bicho está saudável, é preferível deixar na rua, onde está se virando bem. Porque não existe mais espaço para animal em abrigos, está tudo superlotado – alerta Joice.

Clique no mapa e confira os horários e telefones do serviço de resgate da sua cidade:

Alvorada, Viamão e Guaíba não têm serviço de resgate vinculado à prefeitura.

Uma protetora


Na semana passada, na Vila Santo André, a equipe da Seda lidou com bichos, na maioria, abandonados por estranhos, preparando-os para a série de castrações de abril. De carro, muitas vezes, estranhos param e largam animais.

Sandra Mara Fondaik Pinto, 49 anos, ia de um lado para outro entre a cachorrada e os moradores da vila. Ela é uma das protetoras cadastradas junto à Seda, fazendo o meio de campo entre a comunidade e o atendimento. Ajuda com remédios, comida e castrações.

Comunidade da Vila Santo André acaba adotando muitos animais abandonados por estranhos no local.

Na comunidade, que é carente, ela virou referência. Dedicada a essa missão há quatro anos, ela já esgotou a capacidade de adotar animais. Para Sandra, chegou a hora de mais pessoas fazerem algo, e não apenas largarem bichos na porta de casas ou de abrigos municipais.

– A gente acha que salva os bichos quando adotamos. Mas são eles que salvam a gente. Eu superei uma depressão com a ajuda deles. Agora, essa é a minha vida – sentencia a protetora.







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