Seu problema é nosso
Menina de Canoas precisa de vaga em escola municipal e transporte público
Para não perder atendimento em centro especial, a família de Ananda luta por uma vaga no município
Para continuar recebendo atendimento no Centro de Capacitação em Educação Inclusiva e Acessibilidade (Ceia), de Canoas, a pequena Patrícia Ananda Motta Flores, seis anos, precisa de uma vaga para o 1ª ano do Ensino Fundamental em uma escola da rede municipal. Atualmente, ela estuda na Escola Estadual Cristóvão Colombo, mas se não conseguir a transferência para o município, pode ficar sem o serviço do Ceia.
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Ananda, como é chamada pela família, tem microcefalia, um problema neuropsicomotor, hipermetropia, estrabismo e astigmatismo. As doenças causaram limitações na menina, como dificuldade na visão, concentração, fala e aprendizado.
A mãe de Ananda, a dona de casa Samanta Motta, 29 anos, entrou com o pedido em fevereiro deste ano, quando ela ingressou no Ensino Fundamental, mas a resposta da Secretaria Municipal de Educação para ela tem sido a mesma: não tem vaga.
– Eu estou desesperada, o Ceia é o único lugar que realmente tem ajudado a minha filha a se desenvolver e, se ela não conseguir ir à escola do município, vai perder o auxílio – explica Samanta.
O motivo da necessidade da transferência é que a instituição tem convênio com o município de Canoas e não com o Estado. Além disso, Ananda precisa de um assistente de inclusão escolar para acompanhá-la, por ser uma aluna especial.
Condução
Outro problema é a questão do transporte. Até o mês passado, Ananda recebia passe-livre por meio do cartão TEU para andar de ônibus. Samanta diz que o benefício foi cortado sem justificativa.
– Eu não estou tendo como levá-la no Ceia, nem como ir na Secretaria da Educação para cobrar providências novamente porque não tenho dinheiro para pagar as passagens – diz ela.
Prefeitura promete verificar
A prefeitura informou que o atendimento será garantido no Ceia às quartas, 10h30min, na Pedagogia Inicial, mesmo que ela esteja matriculada em escola estadual. A SME vai verificar se há vaga na rede municipal em bairros próximos ao da aluna porque não há escola de Ensino Fundamental naquela localidade.
A situação requer um prazo maior para ser resolvida porque em função do transporte escolar, cuja demanda é reprimida devido ao aumento significativo de crianças com deficiência na rede municipal. Quanto aos auxiliares de inclusão, a SME está recebendo-os gradativamente e encaminhado para as escolas que necessitam deste apoio.
Para ajudar
Samanta não consegue trabalhar porque cuida de três filhas – Além de Ananda, é mãe da Inayara, sete anos e Alana, de cinco. O marido sofreu um acidente de trabalho. Autônomo está parado, sem receber salário.
Para ajudar a família com alimentos, ligue para a Samanta: telefone 9851-8549 ou faça uma contribuição financeira: Bradesco - Agência 3258 - Conta Corrente 0013590-9, em nome de Samanta Bolina Motta.
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