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Seu problema é nosso

Pedestres reclamam de falta de fiscalização e tempo de sinaleira em frente a uma escola da Capital

Existem, também, motoristas que não respeitam a faixa de pedestres e colocam a vida das crianças em perigo

13/04/2016 - 08h46min

Atualizada em: 13/04/2016 - 08h47min


Atravessar na faixa de segurança em frente ao Instituto Santa Luzia, na Avenida da Cavalhada, 3.999, em Porto Alegre, é uma corrida contra o tempo. A sinaleira em frente à escola dá apenas 15 segundos para os pedestres passarem.

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O tempo não seria suficiente para os pedestres, principalmente porque a escola atende inclusive alunos deficientes visuais.

A auxiliar de serviços gerais Janine Soares Inocente, 31 anos, mãe de uma menina do 7º ano do Ensino Fundamental, diz que na entrada do turno da manhã, às 7h30min, a situação é crítica, pois coincide com o horário em que a maioria das pessoas está indo trabalhar.

– A Avenida Cavalhada é uma via de intenso movimento de ônibus e carros e só temos 15 segundos para atravessar – reclama Janine.

Além disso, a pressa e a falta de atenção faz com que, muitas vezes, veículos parem em cima da faixa de segurança, violando a lei de trânsito e colocando em risco a vida de quem utiliza o local para atravessar.

Perigo

Janine mora perto da escola e não deixa a filha ir sozinha. Ela conta que a falta de fiscalização no local obriga os guardas do instituto a deixarem seus postos de trabalho para auxiliar as crianças que não enxergam a atravessar a avenida.

– Além do tempo curto, o sinal sonoro não funciona, e os deficientes visuais não tem condições de passar sozinhos – relata.

Há dois meses, Janine contatou a EPTC solicitando fiscalização nos horários de entrada e saída da escola, além do aumento do tempo da sinaleira. Dois protocolos foram registrados (20824 e 20829), mas o problema ainda não foi solucionado.

– Eu ligo toda semana para a EPTC e eles dizem que estão analisando o pedido. Será que só vão fazer algo quando alguma criança for atropelada? – questiona Janine, indignada.

EPTC vai avaliar aumento do tempo

A EPTC informou que a botoeira sonora está funcionando. No dia 8, foi feita uma revisão no local, que atestou o bom funcionamento. Em relação ao desrespeito à faixa de segurança, a EPTC conta com a educação dos condutores da via para respeitar os pedestres em seu espaço. As equipes de fiscalização foram acionadas e deverão intensificar a vistoria para que a lei seja cumprida.

A EPTC informou também que a travessia no local é feita em dois tempos (calçada-canteiro central-calçada, com gradis de proteção ao pedestre), portanto, 15 segundos de verde, mais os segundos de atenção são satisfatórios. Mesmo assim, a equipe de planejamento avalia a possibilidade técnica de ampliação, conforme pedido nos protocolos.

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