Seu problema é nosso
Alegria é vaga na escola e ir de van pela primeira vez
Menina com limitações causadas por doenças consegue vaga em escola de Canoas
A dona de casa Samanta Motta, 29 anos, venceu uma importante batalha. Depois de esperar desde o início do ano por uma vaga no primeiro ano do Ensino Fundamental em escola municipal para a filha Patrícia Ananda Motta Flores, seis anos, o pedido foi, finalmente, concedido.
Ananda tem microcefalia, problema neuropsicomotor, hipermetropia, estrabismo e astigmatismo. As doenças causaram limitações na menina, como dificuldades na visão, concentração, fala e aprendizado. Para continuar tendo atendimento especial no Centro de Capacitação em Educação Inclusiva e Acessibilidade (Ceia), de Canoas, onde mora, Ananda precisava estar matriculada na rede do município.
– Fiquei muito feliz porque no dia seguinte à publicação da matéria no jornal, a Secretaria da Educação de Canoas me ligou para informar que haviam conseguido vaga em uma escola municipal para a Ananda. Meu desespero em perder o tratamento no Ceia acabou – conta Samanta, contente.
Felicidade
Na reportagem do dia 25 de abril, a prefeitura havia informado que o atendimento em Pedagogia Inicial no Ceia estaria garantido para Ananda, independente de onde ela estivesse estudando. Um a um, os problemas foram se resolvendo.
Outro desafio era a questão do transporte. Samanta tem outras duas filhas, Inayara, sete anos, e Alana, cinco, e não tem condições de pagar as passagens para a locomoção de todas. Junto com a vaga na Escola Municipal de Ensino Fundamental David Canabarro, Ananda ganhou direito ao transporte escolar gratuito em uma van da prefeitura.
Gratidão
No dia 28 de abril, Ananda foi para a nova escola pela primeira vez. Satisfeita, Samanta diz que a menina estava muito empolgada por ir para a aula em um micro-ônibus escolar.
– Ela adora estudar e voltou super faceira. Quando desceu da van já me perguntando se no outro dia iria de novo – conta Samanta.
A história comoveu os leitores. Samanta recebeu doações de alimentos e R$ 200 foram depositados em sua conta bancária. Com o coração mais tranquilo, a dona de casa é só gratidão.
– Eu agradeço por terem divulgado a minha história e me ajudado. Minhas filhas são tudo para mim, e ter os direitos delas garantidos é o mais importante – diz Samanta.