No dia 27 de abril, a aposentada Rosa Amália Castro, 64 anos, renovou a esperança de ser chamada para resolver um problema sério.

Ela é diabética e sofre com a circulação deficiente, problema comum aos portadores da doença.

Por conta disso, o dedo do meio do pé direito da aposentada passou a ficar ressecado com frequência. A pele escureceu, e ela tem dificuldade para andar.

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Atendimento

Com muita dor e a impossibilidade de colocar calçado fechado, Rosa procurou ajuda no Centro de Saúde Navegantes, em Porto Alegre, perto da casa dela.

Em julho do ano passado, um médico solicitou uma cirurgia em caráter de urgência, mas foi aí que os problemas começaram.

Dor

Depois de muita espera, e sem ser chamada, a aposentada foi informada que teria uma consulta com um cirurgião vascular no dia 11 de maio, no Hospital Conceição.

Na data agendada, Rosa foi até o hospital acreditando que, enfim, teria a sua situação resolvida.

– O médico responsável pelo meu caso não pode ir neste dia, e uma outra médica me atendeu. Ela examinou meu dedo e disse que eu deveria fazer uma avaliação com um cirurgião-geral, mas não fez o pedido, nem explicou como eu teria que proceder para marcar. Continuo muito preocupada porque meu dedo ainda está escuro e eu sinto uma dor terrível – queixa-se a aposentada.

Sofrimento

Rosa ainda tem outra preocupação: em função da demora em resolver a situação, ela diz que corre o risco de ter o dedo do pé direito amputado.

– Eu já esperei tanto, liguei tantas vezes para a Secretaria da Saúde e eles não percebem o quanto meu caso é grave, estou sofrendo muito – reclama Rosa.

Rosa tem consulta marcada com médico no dia 14

A Secretaria da Saúde de Porto Alegre informou que Rosa Amália Castro foi atendida no dia 11 de maio por um médico cirurgião vascular conforme encaminhamento da Regulação no dia 12 de maio, na Emergência Cirúrgica da UPA Zona Norte.

Informou também que dia 17 de maio ela foi atendida, por um cirurgião geral, e que está com uma consulta marcada para o dia 14 de junho, mais uma vez com um cirurgião geral. Segundo a secretaria, a paciente, no intervalo entre uma consulta eletiva e outra, pode ser atendida nos serviços de emergência e Unidades Básicas de Saúde.