Seu problema é nosso
Falta de perícias é motivo de atraso na liberação de carro em Gravataí
Aposentado está sem o veículo desde fevereiro
Quando o Instituto Geral de Perícias (IGP) informou que faria o exame pericial no carro do aposentado Osmar Oli Lima Nunes, 57 anos, no dia 25 de maio, ele sentiu uma ponta de esperança surgir para conseguir ter o veículo de volta. Entretanto, não foi o que aconteceu.
– Para liberação do carro são necessárias umas três perícias diferentes. No dia 25 fizeram só uma, a mecânica, mas a mais importante, que é a balística, porque meu carro foi roubado e teve troca de tiros com a polícia, eles não fizeram e disseram que pode demorar mais oito meses. Me sinto enganado – queixa-se Osmar.
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Demora
O morador de Gravataí conta que toda semana entra em contato com o Detran e a Polícia Civil em busca de uma resposta positiva sobre a situação. Contudo, de acordo com o Detran RS, o órgão faz apenas a guarda do veículo no depósito, que só pode ser liberado com a autorização policial, mas isto depende do IGP, que enfrenta falta de servidores para realizar o serviço.
Sem o carro, Osmar e a esposa, a vendedora ambulante Rosa Aparecida Duarte Nunes, 50 anos, estão tendo que arcar com os prejuízos.
– A Rosa vende lanches e dependemos do carro para comprar os ingredientes e fazer a distribuição. Não temos condições de viver apenas com o dinheiro da aposentadoria e ficar sem o nosso único meio de transporte tem sido muito ruim – desabafa Osmar.
Assalto
No dia 16 de fevereiro deste ano, o carro de Osmar, um Gol G5 vermelho, foi roubado em frente à casa do filho deles, em Gravataí. Após acionarem a polícia, houve perseguição e as autoridades conseguiram recuperar o veículo no mesmo dia.
Seguindo o procedimento normal para casos como esse, depois da ocorrência registrada, o carro foi levado para o depósito do Detran no município para ser periciado e, só então, ser liberado para os donos. O problema é que, desde então, Osmar e Rosa nunca mais viram o Gol.
Exames foram feitos, diz IGP
O IGP informou que foram solicitadas quatro perícias: duas no Departamento de Criminalística e duas para o DML. As do DML foram feitas, e a do DC, está em processo de finalização de laudo e a de balística aguarda perito. O delegado responsável pelo caso decide sobre a liberação com base nos laudos já liberados.