Há três meses, toda vez que chove, a desempregada Beatriz Marques Lorentz, 38 anos, e a família entram em pânico. Isso porque, o valão que passa próximo à casa dela, na Rua Pio X, no Bairro Bom Jesus, em Porto Alegre, sempre transborda. Isso acontece porque o acúmulo de lixo nas ruas desce todo com a água da chuva para o pátio, que fi ca na parte mais baixa.

Num temporal que atingiu a Capital há cerca de duas semanas, Beatriz viu até um colchão de solteiro parar dentro do pátio. E esta não foi a primeira vez que objetos pouco convencionais para estarem no lixo invadem a casa.

– É terrível, tem de tudo. Já desceu até porta e churrasqueira de ferro – diz.

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De acordo com a moradora, a via tem canalização de esgoto só em uma parte e, mesmo assim, não recebe manutenção adequada para evitar situações como esta.

Olhando a foto registrada por Beatriz não parece, mas o caminhão do DMLU passa às segundas, quartas e sextas na Rua Pio X. A família, que mora há 40 anos no local, jamais viu problema tão grave, e reclama do descaso da prefeitura em ajudar.

– O cano maior, que corta a rua, está entupido. Quando chove, o lixo desce para e obstrui ainda mais a canalização. O último protocolo que eu abri no 156 (2412611655), foi dia 15 de julho e até agora a prefeitura sequer enviou uma equipe. – reclama Beatriz.

O maior medo da família é que o muro da casa caia por completo por causa da chuva e da falta de limpeza.

Embora a moradora reclame do lixo descartado de forma inadequada, a comunidade joga para a prefeitura a responsabilidade sobre o problema.

Beatriz conta que está reunindo a vizinhança e pretende apresentar um abaixo-assinado para que a prefeitura tome providências.

Dep vai desobstruir a vala. DMLU faz recolhimento regular

O DMLU informou que faz a remoção diária de focos de lixo na Rua Pio X: “o local tem sido utilizado como ponto de descarte irregular de resíduos. Também há, no endereço citado, coleta domiciliar três vezes por semana, e seletiva, duas vezes. Para o descarte de objetos que não podem ser levados por essas coletas, o DMLU dispõe de sete Ecopontos, abertos de segunda a sábado para receber móveis, madeira, colchões, terra, entulho, caliça, cerâmica, sucata de ferro, resíduos arbóreos, e diversos materiais que costumam ser jogados, irregularmente, em locais públicos. Na região, o DMLU mantém a UDC Fátima Pinto, na Rua Alfredo Ferreira Rodrigues, 975.”

O Dep informou que há uma obstrução na vala localizada na saída da rede pluvial. A limpeza e desobstrução da vala, com auxílio de uma retroescavadeira, deve começar hoje, com tempo seco.