Deixar as crianças brincarem na rua ou levar os cachorros para passear já não faz parte da rotina dos moradores da Rua Liberal, no Bairro Tristeza, em Porto Alegre. Há oito anos, quando os alagamentos se tornaram frequentes no local, eles passam dias esperando que a água desça depois de uma chuvarada. A rua é formada por partes elevadas e planas e, quem fica na parte baixa, como a família da estudante Alessandra Oliveira de Lacerda, 28 anos, enfrenta a água na porta de casa.

– A rua está coberta de água desde a semana passada. O bueiro tem dois metros de profundidade e está transbordando. Isso já é uma briga de anos. Não sabemos mais o que fazer – reclama.

Assim como ela, a vizinha da frente também reclama. Diz que a casa fica na parte baixa do terreno, e a escadaria que dá acesso fica completamente cheia de água, conforme conta Alessandra.

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Protocolos

Ela diz que o problema ocorre porque a terra de um acesso de chão batido, transversal à Rua Liberal acaba descendo pela lomba e caindo nos bueiros.

Há quatro anos, quando os moradores pediram à prefeitura a limpeza das bocas de lobo, o Dep esteve no local com um caminhão hidrojato e constatou que o encanamento estava quebrado.

– O responsável nos informou que os canos estavam quebrados e disse que comunicaria o problema para a prefeitura. Ele aconselhou que os moradores também ligassem. Desde então, tivemos vários protocolos encerrados constando como feitos, mas nada foi realizado – queixa-se.

Nesta semana, Alessandra entrou, mais uma vez, em contato com a prefeitura, mas novamente informada que deveria esperar. Segundo ela, uma equipe do Dep esteve no local na segundafeira e prometeu voltar na terça, mas conforme a moradora o retorno não aconteceu.

À espera por uma solução, Alessandra teme que o bueiro onde está o cano quebre enquanto as crianças estão por perto ou que um barranco que fica no final da rua desmorone por causa da grande quantidade de água.

Dep começou os trabalhos no local

A assessoria de comunicação do Dep informou ontem que de acordo com a Seção Sul de Conservação, a causa do problema é uma rede que está obstruída e danificada.

Uma equipe foi enviada, na tarde dessa quarta-feira, para dar inicio ao serviço de desobstrução e reconstrução de rede no local.